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Utilizado nos grandes centros, Sistema Multi-órgãos Prismax chega ao Acre para salvar vidas

Por
Marcos Venicios

O Acre recebeu nesta semana o Sistema Multi-órgãos Prismax para cuidados intensivos, que é projetado para oferecer terapias individualizadas e eficazes para pacientes criticamente doentes na unidade de terapia intensiva (UTI). A plataforma oferece aos profissionais da saúde mais confiança na entrega da CRRT (Continuous Renal Replacement Therapy) ou TSRC e outras terapias de suporte multi-órgãos. A aquisição foi feita pela Clínica Renal de Rio Branco, mas o aparelho de última geração ficará disponibilizado na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Juliana, anunciou o médico Ricardo Sena, diretor-técnico responsável pela clínica.


“O nosso estado passa a contar a partir de agora, com uma modalidade dentro da terapia renal substitutiva que é uma hemodiálise contínua. Essa hemodiálise contínua, ela é para pacientes em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), críticos, que até recentemente os grandes centros privados, como nos Hospitais Albert Einstein e Sirio Libanês e as regiões de grande poder econômico, digamos assim, do nosso país, é que tinham essa modalidade. Hoje, a gente está trazendo aqui para o Acre, mas vamos implementar dentro do da UTI do Hospital Santa Juliana, com esses pacientes críticos que são elegíveis para essa modalidade, eles vão ser beneficiados para essa nova terapia, que é o que existe de mais novo no momento”, disse.



Para Ricardo Sena, o novo sistema proporciona que se consiga conduzir um paciente gravíssimo, que tem grandes volumes de líquido a remover com instabilidade hemodinâmica. “Quando você tem quedas de pressão, um paciente, às vezes, que não consegue sequer ser removido daqui em UTI aérea, que já tivemos vários casos assim, e esses pacientes são elegíveis para essa, para hemodiálise continua, por membranas especiais que removem as toxinas inflamatórias do corpo, e esses são os pacientes elegíveis para essa modalidade. Pacientes neurocríticos, que a gente chama, com problemas de AVE, com hipertensão intracraniana, eles são candidatos. Então, o diferencial é que é uma máquina altamente sofisticada, com uma sensibilidade, uma capacidade de poder conduzir realmente esses pacientes que são gravíssimos, e que, sem essa máquina, às vezes, você não consegue dar um desfecho adequado para eles”, explicou.



O equipamento chega a Rio Branco em um contrato de comodato com a multinacional Baxter, empresa de saúde com 40 anos de atuação no Brasil, que possui um portfólio de equipamentos médicos e produtos farmacêuticos que proporcionam cuidados à pacientes em todo o mundo. Para a efetivação da parceria, a Clínica Renal de Rio Branco prioriza a aquisição de kits de terapia junto a empresa. “Esses kits a gente tem um compromisso para aquisição mensal e esses equipamentos. É uma terapia que, de certa forma, tem um investimento, um valor diferenciado com relação às terapias intermitentes, mas quando você pondera a questão de custo-benefício, você tem uma série de benefícios, por exemplo, você reduz a possibilidade de paciente crítico em UTI de três dias e meio e nem em UTI, por exemplo. Aquele paciente que poderia ir por uma evolução critica ficar 10 dias numa UTI, ele ficaria 3 dias e meio, quase 4 dias, a menos numa UTI”, enfatiza.


Sena enfatiza ainda que o uso do sistema pode evitar que pacientes críticos se tornem usuários cronico da hemodiálise. “Outro aspecto econômico também, é que grande parte desses pacientes que fazem injúria renal aguda, que é uma lesão, uma injúria, uma insuficiência renal aguda, eles, grande parte desses pacientes podem cronificar, ou seja, eles vêm pra nossa unidade, eles saem da UTI e muitos deles dão continuidade, viram pacientes crônicos. Então, com essa modalidade, você consegue mudar também esse desfecho. Uma redução de 50% dos casos que poderiam evoluir para cronicidade, eles são resolvidos nessa modalidade que é uma modalidade mais fina, mais sofisticada, uma modalidade que traz um benefício melhor. Então sai de 50%, isso aí em torno de 35% que fazem hemodiálise intermitente, eles passam a 19%, 15%, 50% a menos de convertendo em um crônico, digamos assim”, pontua.



Uma equipe de profissionais está sendo treinada para manusear o sistema e a expectativa é que já na primeira semana de outubro após uma conversa com os convênios de saúde suplementar e a Secretaria de Estado de Saúde, o serviço já esteja disponível para os usuários do Acre. “Nós estamos com toda a nossa equipe já em treinamento, nesse momento. É uma equipe especializada em terapias contínuas. A equipe médica já está ok e a equipe de enfermagem está nessa curva de aprendizado da terapia. Mas já estamos todos em treinamento. A gente acredita que já em outubro agora, surgindo o primeiro caso elegível, a gente está nessa parte burocrática de oferecer, de apresentar, como eu falei, para a saúde suplementar e o SUS, na Secretaria de Estado de Saúde, para poder de fato dar o start”, destaca.



Entusiasmado, Ricado Sena enfatiza a possibilidade de um paciente crítico de ter uma possibilidade de fazer uma recuperação. “Muitos pacientes instáveis, muito críticos, você não tem condições clinicas da modalidade tradicional, independente, mesmo fazendo modalidades híbridas, estendidas. Então aquele paciente estaria condenado a minha sorte. Isso é uma coisa que a gente hoje tem mais uma alternativa, uma carta na mão daí para esses pacientes críticos. E poder, normalmente, oferecer para o nosso estado, então, tão distante, somente, ou seja, você hoje tem uma terapia do sul do país, até a região mais ocidental da região norte. Então, assim, isso, inclusive dentro da região norte, nós somos também um dos pioneiros nessa modalidade. Somos referência na região norte”, pontuou.


A Clínica Renal de Rio Branco agora em julho completou 5 anos de atuação e conta maios mais de 60 funcionários entre enfermeiros, pessoal de apoio, médicos. Atendendo pelo Sistema Único de Saúde, que é o maior volume de pacientes, a clínica recebe atende semanalmente mais de 170 pacientes em terapia renal, tanto na modalidade hemodialise, como na diálise peritoneal.


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Marcos Venicios

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