O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) garante já ter realizado 11 autos de infração, com um total de R$ 1,3 milhão em multas aplicadas em propriedades de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves por causa de queimadas. A ação de fiscalização nas cidades do Vale do Juruá se estendeu por toda a semana.
Durante a operação do Imac e Polícia Militar, foram embargadas 10 áreas, totalizando 137,19 hectares, e registrada uma apreensão de madeira com volume de 15,25 m³. Além disso, um termo de depósito foi elaborado e 20 pessoas foram notificadas para esclarecimentos sobre práticas prejudiciais ao meio ambiente.
O diretor-presidente do Imac, Andre Hassem, disse que as equipes vão permanecer em campo até dezembro, quando segue em vigor o Decreto de proibição de queimadas no Acre. “Não podemos aceitar fogo criminoso porque o que será de nós daqui a 10 anos? As nascentes não têm mais água”, pontua.
As operações aconteceram nos ramais 2 e 3 da BR-364, além de outras localidades e contaram com a participação de aproximadamente 20 pessoas: sendo três equipes do IMAC (duas de Cruzeiro do Sul e uma de Rio Branco) e duas equipes do Batalhão de Policiamento Ambiental BPA (uma da capital e uma de Cruzeiro do Sul).
Hassem pede consciência das pessoas neste período crítico e defende mudança de legislação e medidas mais duras para os crimes ambientais. “A multa é maior por ser área de floresta e afetar a saúde pública. Cancela o Cadastro Ambiental Rural – CAR e assina o Termo de Compromisso Ambiental -TCA para fazer o reflorestamento. Mas a legislação tem que mudar para tornar todos os crimes ambientais em crime inafiançável, que haja perda patrimônio e do gado”, destaca.
Hassem disse que as equipes vão permanecer em campo até dezembro, quando segue em vigor o Decreto de proibição de queimadas no Acre. “Não podemos aceitar fogo criminoso porque o que será de nós daqui a 10 anos? As nascentes não têm mais água”, pontua.
O governador Gladson Cameli disse que o Instituto de Meio Ambiente do Acre, até agora, por meio de ações contra queimadas e derrubadas, aplicou R$ 15 milhões em multas.
A Polícia Militar citou a realização, em agosto e setembro, de 36 operações visando coibir as queimadas e o desmatamento ilegal, que têm devastado a flora local e impactado a qualidade do ar. Ao todo, foram vistoriados mais de 1,8 mil hectares. A Pm destaca 20 prisões e apreensão de veículos, como caminhões e tratores, bem como equipamentos utilizados em atividades ilícitas, como motosserras e facões. No Vale do Jurua, no último dia 13, dois homens foram presos em Rodrigues Alves por causarem incêndio em duas áreas de terra.
Neste período também foram confeccionados 49 autos de infrações e 11 termos circunstanciados de ocorrência (TCO). Mais de 140 policiais militares, incluindo membros do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e unidades operacionais da capital e interior estiveram envolvidos nas operações.
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