Durante o debate dos candidatos à Prefeitura de Rio Branco, na Universidade Federal do Acre (UFAC), Jenilson Leite (PSB) e Marcus Alexandre (MDB) criticaram na noite desta segunda-feira (20) o prefeito Tião Bocalom (PP) pela falta de manutenção das vias públicas e abandono do Programa Ruas do Povo. O prefeito não compareceu ao debate devido a problemas médicos.
Marcus Alexandre destacou a inação do prefeito ao longo dos últimos três anos: “Bocalom fugiu, como fugiu aqui do debate, e também fugiu da manutenção das ruas. Eu trabalhei todos os anos, mas ele passou três anos e meio sem trabalhar, colocando a culpa no passado. Disse que não ia trabalhar no Programa Ruas do Povo, então vai trabalhar na rua de quem?”, questionou.
O ex-prefeito também questionou a estratégia adotada por Bocalom, que, segundo ele, teria esperado até o último momento para realizar obras de asfaltamento, usando dinheiro de empréstimos. “Ele diz que tem milhões em caixa, mas quando foi trabalhar foi atrás de empréstimo, junto ao Banco do Brasil. Esse trabalho que ele está fazendo nos últimos dias, numa carreira danada, faz uma rua pular quatro, faz a principal e deixa as laterais, onde as pessoas moram. Isso é dinheiro de empréstimo, e eu já vi asfalto sendo colocado em base que nem terminou de ser compactada direito. Não fizeram imprimação, não seguiram a boa técnica em alguns lugares, porque estão fazendo tudo à pressa”, apontou Marcus.
O candidato do PSB, Jenilson Leite, também cobrou uma maior atuação da Justiça Eleitoral, questionando o uso de recursos públicos para obras durante o período de campanha. “É de se indignar o fato de que a Justiça Eleitoral não toma nenhuma atitude diante de uma situação dessas, onde praticamente a infraestrutura da prefeitura está sendo usada para promover o prefeito. Isso é uma campanha eleitoral disfarçada”, criticou.
Na sequência, Jenilson retomou a discussão sobre o Programa Ruas do Povo, reiterando que o prefeito Bocalom não fez os reparos necessários nas ruas, alegando um suposto embargo judicial. “O prefeito passou três anos sem trabalhar nessas ruas, que são chamadas de Ruas do Povo. Ele falou que não melhorou essas ruas porque havia um embargo judicial, mas ninguém nunca viu essa ação. Na verdade, o que falta é compromisso com a população de Rio Branco, que mora nessas ruas e merece respeito. Independente de qualquer questão judicial, ele deveria ter feito o serviço necessário”, concluiu.
