Com uma população de 41 mil habitantes, a cidade de Sena Madureira, que neste mês de setembro completa 120 anos de fundação, é considerado o terceiro maior colégio eleitoral do Acre com 30.666 eleitores aptos a votar nas eleições do próximo dia 6 de outubro. Situada às margens do rio Iaco, tendo como principais afluentes os rios Macauã e Caeté, o município vive atualmente sob “tensão” devido a embates políticos públicos que se arrastam por alguns anos e que podem influenciar positiva ou negativamente no futuro da região.
O ac24horas se deslocou de Rio Branco (cerca 145km) na última semana para acompanhar de perto a campanha eleitoral de Sena Madureira que vem sendo marcada por provocações e ameaças de ambos aos lados. Provocações estas protagonizadas pelo candidato Gerlen Diniz que não esconde a vontade de sentar-se na cadeira de gestor e prometer que no que depender dele “pelo menos uns 6 vão parar na cadeia” e, o atual prefeito Mazinho, que evitou falar com a reportagem, mas informou que falará de política “somente no dia 6”, dia em que todos conhecerão os vencedores e perdedores da disputa.
É notório que Gerlen e Mazinho travam os principais embates, principalmente ligados declarações pesadas. Ambos já foram diversas vezes a delegacia da cidade registrar boletins de ocorrência e as trocas de ofensas orbitaram entre os termos de “corno”, “bandido” e “corrupto”. Enquanto essas trocas de farpas continuam, Gilberto Lira tenta “tirar das costas” o peso do aliado que já se envolveu até mesmo em uma confusão com a Polícia Militar em uma Blitz da Álcool Zero em 2019 por não concordar com ação durante as festividades da ExpoSena.
Não é apenas Sena Madureira que é palco dos desentendimentos de Gerlen e Mazinho. A briga dos dois chegou a Assembleia Legislativa em maio de 2022, quando Gerlen, um dia antes fez sérias acusações contra Mazinho e a esposa do prefeito, Meire Serafim, que naquela época era deputada estadual, chorou no plenário e causou grande comoção. No dia seguinte, Mazinho foi até o parlamento acompanhado da esposa e esperou que seu adversário se manifestasse. Gerlen não abaixou a cabeça e o acusou de ser corrupto, o que foi enfureceu o gestor e uma troca de ofensas generalizada foi iniciada e sessão acabou suspensa. Minutos após o episódio, Mazinho sofreu um princípio de infarto e teve fazer um procedimento de cateterismo às pressas, o que acirrou ainda mais os ânimos de ambos desde então.
No episódio mais recente da “guerra” entre os políticos que já foram aliados no passado, um áudio vazado nas redes sociais em que “supostamente” Mazinho afirmava que “quebraria a prefeitura” para eleger Gilberto Lira, seu aliado, repercutiu na cidade e em todo o Acre. Mazinho nega que seja autor de tal declaração e Gerlen afirma que uma investigação deveria ser instaurada sobre o caso. O fato é que o “barulho causado” não chegou a ser apreciado pela justiça por falta da representação de candidatos e partidos, o que é estranho, mesmo depois de tanta repercussão.
O JUIZ RESPONSÁVEL PELO PLEITO
A reportagem conversou com o Eder Jacoboski Viegas, juiz eleitoral da 3ª zona eleitoral responsável não apenas por Sena, mas também pelas cidades de Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus. Com 43 anos e natural do Estado do Espírito Santo, o magistrado chegou na cidade em abril de 2023 como juiz substituto. Antes de ingressar no Poder Judiciário, ele exercia o cargo de delegado da Polícia Civil no Estado do Maranhão, onde atuou auxiliando a justiça eleitoral nas eleições de 2022. Apesar da aparência jovem, Viegas atuou como advogado eleitoral em seu Estado natal por cerca de 16 anos e enfatizou a sua experiência na área.
Apesar do cenário teoricamente tenso na disputa eleitoral, Eder garante até o momento o processo tem sido tranquilo. “Desde o início do processo eleitoral de 2024 nós temos acompanhado aqui as eleições e até o presente momento o que eu tenho para dizer que no âmbito da justiça eleitoral o processo tem sido tranquilo. Porque logo no início tivemos algumas questões que foram veiculadas na imprensa, porém a justiça eleitoral em si não foi instada a atuar. Então nós somente acompanhamos e, logo quando se começou “esquentaram um pouco os ânimos entre candidatos e outras pessoas aqui em Sena Madureira, nós trouxemos, nós convocamos uma audiência pública para poder tratar e criar um pacto, buscar um pacto sobre as eleições limpas aqui, evitando desinformações, evitando fake news, evitando utilização de formas equivocadas de inteligência artificial. Então nós trouxemos para aqueles que estavam aqui presentes na audiência, e aqueles que estavam também acompanhando pela internet, justamente para fazermos primeiro ouvir quais seriam as propostas para que as eleições aqui ocorressem de forma tranquila, de forma mais limpa, e combatendo corrupção eleitoral. Então, dentre outras vertentes que foram trazidas na reunião, na audiência pública, também buscamos pacto com todos que estavam presentes para que, a partir daquela data, as eleições, não só as eleições, mas que a população pudesse ter e receber propostas para que o ambiente democrático pudesse ser ainda mais, como vou dizer, ainda mais enaltecido e para que a população de Sena Madureira, especificamente ou da terceira zona, no caso Manoel Urbano e Santa Rosa, pudesse receber propostas dos candidatos, justamente para que, no momento do voto, pudesse escolher o candidato que melhor se adequa àquela proposta ou à íntima convicção do eleitor”, explicou.
Sobre o áudio que vazou na região envolvendo o prefeito, Eder revelou que até o momento não houve nenhum pedido de investigação na justiça eleitoral. “Não teve nenhuma propositura de nenhum pedido de investigação na justiça eleitoral. É o que eu posso dizer. Em relação aos outros órgãos, a gente não tem ciência, mas em relação à justiça eleitoral, não”, frisou.
O ac24horas informou ao juiz eleitoral uma grande dificuldade de as pessoas opinarem sobre o pleito. A reportagem andou por alguns pontos movimentados da cidade e notou uma certa resistência da população em tocar no assunto, independente do candidato que apoiasse e questionou o magistrado se a Justiça Eleitoral estava pronta para agir para garantir a tranquilidade no pleito. “Obviamente, a Polícia Federal está apta. Age. Então, qualquer cidadão que se sentir amedrontado por determinadas circunstâncias pode procurar o Ministério Público Eleitoral, pode procurar a Justiça Eleitoral ou até mesmo a Polícia Federal. E se, caso ainda queira, via Ouvidoria da Justiça Eleitoral, que também é algo anônimo, até mesmo utilizando o Pardal, que também serve para informar qualquer caso de propaganda irregular. Se a pessoa se sentir amedrontada, ela pode procurar a Justiça Eleitoral, que estaremos aqui prontos e aptos a auxiliá-las. Porém, o que eu digo é o seguinte: eu acho que existe mais uma expectativa da população do que o medo em si. É a expectativa de que as eleições venham e que possam ser, e que democraticamente possa ser escolhido o melhor candidato, certo? Então, acho que isso que gera uma expectativa maior da população. Não creio que seja um temor, mas sim uma expectativa para que as eleições venham e que ocorram de forma pacífica, de forma democrática, sem que haja qualquer animosidade. Até porque são dois candidatos conhecidos aqui da população. Tanto que cada um hoje exerce um cargo eletivo. E até então, eu não conhecia nenhum dos dois porque, como disse, eu sou de fora do estado. E acredito que a população esteja hoje muito mais com uma expectativa do que talvez o medo. Mas, ainda assim, se a pessoa tiver, digamos, amedrontada, tem que buscar os órgãos de controle para que possam tomar as medidas cabíveis”, destacou.
Eder enfatizou o reforço da Policia Federal para acompanhar o pleito. ” A Polícia Federal vem acompanhando desde quando eu assumi aqui como juiz eleitoral da terceira zona, e no início, logo no início das eleições, eu conversei com os delegados responsáveis por Sena Madureira para poder atuar aqui em Sena com uma força-tarefa um pouco maior. O acompanhamento aqui em Sena é diário em relação ao que está sendo veiculado, ao que os candidatos estão fazendo. Então, assim, existe um acompanhamento. Não se trata de investigação, mas existe um acompanhamento da Polícia Federal para que as eleições de Madureira sejam realizadas de forma correta, de forma tranquila, como disse, de forma democrática, né? Então, dentro da sua questão, acredito que os candidatos tenham se preocupado mais com o eleitor do que talvez com infrações contrárias à legislação eleitoral, eu acredito”, finaliza.
Atualmente deputado federal e candidato pelo Progressistas, Gerlen Diniz, que já foi vereador e deputado estadual e por um período foi líder do governo na Assembleia Legislativa, conversou com a reportagem em seu comitê de campanha, localizado na casa de seus pais. Defendendo seus ideais alegando querer o melhor para Sena, o parlamentar nega que haja algum tipo de tensão por parte de seu grupo político ou campanha e apresenta o vereador Elvis Dany como seu vice.
“Não há medo, não há nenhum interesse em fazer mal a quem quer que seja. Já do outro lado, nossos adversários, ele sabe que, com o Gerlen Diniz vencendo a eleição, pelo menos uma meia dúzia vai parar no presídio. Isso é regra. Eu não vou prender ninguém. Quem prende é a polícia, quem manda prender é o juiz. Mas eu vou abrir a caixa preta da Prefeitura Municipal de Sena Madureira para saber o que aconteceu com os recursos que entraram aqui. Por exempl: você sabia que Sena Madureira é o quinto município do país que mais recebeu emenda Pix de 5.570 municípios? Nós somos o quinto: R$ 18 milhões e 500 mil. O que é uma emenda Pix? É um recurso que não é vinculado. Ele cai na conta da prefeitura e o prefeito escolhe onde aplicar, desde que, é claro, seja no interesse da população. Para onde foi esse dinheiro? Passaram-se oito anos da atual gestão e eles não construíram uma casa popular para uma família carente. Você dá uma volta nos bairros, as ruas todas acabadas. Então, você vai no posto de saúde. Não tem aquele remédio que é obrigatório a prefeitura fornecer. Então o dinheiro evapora e vários secretários são todos milionários. Tem gente que entrou na prefeitura de bicicleta e está com duas caminhonetes na garagem, fazenda, gado arrendado. Então, o dinheiro deixa rastro. O que eu vou fazer? Vou puxar os extratos do banco para saber para onde foram feitos os pagamentos. Por exemplo, se uma determinada pessoa recebeu um pagamento de 500 mil, que serviço essa pessoa prestou para a prefeitura? Qual objeto que ela vendeu para a prefeitura? Então a gente vai atrás do recurso, vai ter que aparecer. E aí, isso deixa essas pessoas com os nervos à flor da pele. O Gerlen Diniz está tranquilo. Minha campanha tranquila. Eu tenho certeza de que vou vencer a eleição”, enfatiza o candidato que é apoiado pelo governador Gladson Cameli e o senador Alan Rick.
Mesmo tratando seu adversário direto, Gilberto Lira, com um pouco mais de cordialidade, Gerlen enfatiza que ele é de um grupo político e que não tem como separar o Lira do Mazinho. “Gilberto foi vice-prefeito do Mazinho durante 6 anos. Se durante esse período não foi construída uma casa popular, ele fez parte da gestão, certo? Então eles são inseparáveis, né? Agora, você não está dizendo que ele está envolvido em falcatrua? Não é isso, né? E não estou citando o nome de A nem de B. Eu estou dizendo que há, sim, pessoas que estão com muito medo da eleição do Gerlen Diniz. Então, da minha parte, eu não tenho nenhuma intenção de praticar nenhum atentado, nunca isso passou pela minha cabeça. A minha intenção é vencer a eleição de forma limpa, com o jogo democrático, sem compra de votos, inclusive o alerta à população. Eu gravo meus vídeos dizendo: se oferecerem dinheiro em troca do seu voto, receba, mas não vote com essa pessoa porque ela não tem compromisso com você, né? Então, há uma tensão do lado deles, não no nosso lado, né? Se por um acaso nós não sairmos vencedores da eleição, vamos continuar nosso mandato, né? Não tenho nada a esconder, não me tornei milionário na política, não perco nada, mas eu não penso dessa forma com relação à eleição. Tô só dizendo para você com relação à tensão, que não há tensão do meu lado, né. O que há do meu lado é um desejo enorme de vencer e fazer algo por Sena Madureira, algo que chame atenção dentro do estado e fora do estado, porque eu sei que dá para fazer. Dinheiro para saúde e para educação não faltam neste país. O problema é que roubam tudo. Cada real de emenda Pix que eu coloco para uma obra, por exemplo, eu coloquei aqui para fazer um porto aqui em Sena Madureira, 2 milhões. Obrigatoriamente, eu tenho que colocar o mesmo valor para a saúde, entendeu? Então é 50% aqui e 50% na saúde, ou seja, não falta dinheiro para saúde e nem falta dinheiro para educação”, pontua.
Gerlen reforça que alocou milhões em emendas para a Sena Madureira, mas que o governo do Acre executasse os projetos. “É o grupo que sumiu com 18 milhões e quinhentos mil reais de emendas Pix, transferências especiais. Entraram na prefeitura de Sena Madureira, mais de 100 milhões de reais em transferências ordinárias e emendas ordinárias. Então por que eu não coloco o recurso para a prefeitura executar? Porque eu não confio no atual gestor. Aí, digamos assim; aconteça uma tragédia e o meu adversário vence a eleição. Tragédia para o município, tragédia para a população, né? Porque uma gestão que em oito anos não fez uma casa popular não tem compromisso com a população. Eu conheço essas pessoas. Eu não confio nessas pessoas e eu tenho, eu faço aqui uma meia culpa, viu, porque eu ajudei essas pessoas a chegarem ao poder. Eu os apoiei no primeiro mandato. Eu confiava que poderia fazer algo pelo nosso município, mas fui enganado. Então eu tenho o dever de tirar essas pessoas do poder”, promete.
Mesmo com histórico “pesado” com Mazinho, Gerlen ressalta que as críticas que faz não são a pessoa do prefeito, mas sim a gestão. “Quando eu digo que ele não fez oito casas, eu não tô fazendo uma crítica pessoal, né? Quando eu digo que eles destruíram o que havia em Sena Madureira, por exemplo, a usina de asfalto que nós tínhamos aqui, ele deu para uma empresa particular. A rampa que fizeram aqui no porto que durou dois meses e desmoronou, 500 mil reais foram embora. Demoliu um armazém que o produtor rural estocava sua produção. Demoliu a garagem municipal, demoliu a secretaria de obras a pretexto de construir uma escola que vem se arrastando as obras há cinco anos e não conseguiu concluir. Nós estamos às vésperas da eleição. O que é que todo gestor, todo prefeito faz nesse período? Inaugura obras, é uma verdade. Quantas obras foram inauguradas em Sena Madureira pelo atual prefeito? Zero, nenhuma única obra. Esse cara não tem uma obra para inaugurar e para onde foi o dinheiro do município? Então o temor, a tensão, está do lado de lá. Com relação ao candidato Gilberto Lira, não tenho nada pessoal contra ele, da mesma forma que não tenho contra Mazinho. Conheço ele, todo mundo se conhece. Então, sei o comportamento dele na política, como é, e prefiro me manter afastado do mesmo”, disse.
Gerlen ainda garantiu em entrevistas que tem uma proposta central para educação, garantir duas refeições nos colégios municipais, e construir pelo menos 100 casas no primeiro ano de gestão, algo que atual prefeito não construiu em 8 anos. “Eu quero oferecer duas refeições nos colégios municipais. As crianças chegam de manhã, a maioria das vezes sem tomar café, com fome. Sena Madureira é um município pobre. Mais da metade da população recebe Bolsa Família. Então significa que muitas crianças chegam nos colégios sem ter comido nada. Aí fica esperando até 9 horas pelo lanche, pela merenda. Vai aprender o quê? Tem criança que passa mal, é retirada da sala de aula. Isso tem que acabar. Comigo na prefeitura, eu quero construir já no ano que vem cem casas populares em um único ano. O gestor passou oito anos e não fez uma única casa. Eu quero fazer 100 em um único ano. Vamos desapropriar um terreno, construir as casas e entregar para as pessoas carentes que realmente precisam. Vamos lotear terrenos. Eu quero beneficiar 500 famílias em um ano. Deputado, tem recurso para isso nas minhas emendas que eu vou colocar este ano para executar no ano seguinte.
Bem mais afável que seu principal apoiador, o prefeito Mazinho, o deputado estadual Gilberto Lira evitam um confronto direto com Gerlen Diniz durante a entrevista ao ac24horas. Tendo como candidato a vice o vereador Alípio Gomes, que até pouco tempo era o cabeça da chapa, mas que foi remanejado antes das convenções por não aparecer bem nas pesquisas, Lira afirmou que a única briga que está inserido é pela melhor de Sena Madureira. “Eu tive a oportunidade e o prazer de ser o vice-prefeito por dois mandatos. Também tive a oportunidade de ser candidato a deputado estadual, sendo o quinto mais votado do estado, e assim eu recebi. É um desafio. Você não imagina o desafio que é a responsabilidade de dar continuidade a esse trabalho belíssimo que o Mazinho tem feito em Sena Madureira. A gente acompanhou, mas como vice-prefeito, ajudando no que precisava. Fui secretário de esporte, cultura, ajudei muito. Fui secretário de saúde durante a pandemia e ajudei muito, mas hoje eu fui escalado para o desafio maior, que é gerir a nossa cidade, dar continuidade a esse trabalho, dar continuidade à pavimentação, continuidade na educação”, enfatiza o candidato a defender o legado e a continuação do trabalho do atual grupo político.
“Hoje eu fiquei muito feliz quando uma fiscal do MEC veio aqui e fez relatos, nos relatos que a gente ficou até emocionado de receber, da fiscalização das condições de trabalho e da estrutura da nossa educação aqui do município, e dar continuidade aos projetos maravilhosos. Como nós temos na Santa Casa, que já atendeu aproximadamente 8 mil pessoas aqui do nosso município, tirando o desafogo da Fundação Hospitalar. Nós queremos dar continuidade à reabertura de ramais, que quando assumimos tinha apenas uma máquina. Hoje nós temos o maquinário que está dando conta com muita celeridade na abertura de ramais, e uma das propostas que temos é criar uma secretaria exclusiva para cuidar da zona rural, que hoje tem 60% da população na zona rural e nós temos uma malha de quase 4.000 km de ramais. Então, nós precisamos de um olhar voltado exclusivamente para a zona rural, para reabertura de ramais e melhoria de portos e de pontes. Continuar o programa que esse ano nós vamos dar celeridade; quase 500 açudes foram feitos na nossa gestão somente este ano com as máquinas que chegaram graças à deputada Meire, graças a outros parlamentares, mais o senador Petecão, que estão nos ajudando. E isso a gente quer continuar porque hoje a realidade do clima, você sabe, está completamente diferente e você anda na zona rural, você vê muitos colonos, aqueles pequenos produtores que não têm condições de fazer um açude, e você vê quem mora na beira do rio tem que abrir a cerca do gado e beber na beira do barranco, certo? Então nós vamos dar continuidade a esse projeto, inclusive no inverno. Nós iremos dar continuidade porque nós vamos alugar balsas, colocar a máquina em cima e sair fazendo nas comunidades. Esse projeto deu certo em Manoel Urbano, a gente tem que reconhecer, e aqui também nós vamos dar continuidade nesse projeto”, disse.
Lira enfatiza que tem certeza de que caso seja eleito prefeito, Gerlen Diniz irá alocar emendas para Sena, o que o deputado federal nega que fará porque entende que Gilberto é do mesmo grupo político de Mazinho. “Se você me perguntar de A e B, você vai resolver os problemas de Sena Madureira, estaria sendo demagogo em dizer que vai resolver, porém nós iremos dar continuidade àqueles acertos que tivemos. E ter a firmeza para corrigir aquilo que falhamos. Então, nós iremos, com certeza, fazer uma gestão simples, humilde, como sempre fui. Saúde itinerante, que nós estamos no programa de saúde itinerante, nós subimos os rios, subimos e descemos os rios aqui e eu faço questão de acompanhar, subindo, descendo barranco, conversando com a comunidade. E naquele final de semana ligo meu teclado, faço um sozinho. É nesse formato de política que eu quero continuar. Todo mundo sabe da minha humildade, da minha simplicidade, mas não confundam com não ser competente. Graças a Deus, sou uma pessoa muito competente e responsável. Tudo que me proponho a fazer, procuro fazer com muito amor e com muita eficiência. Na análise, eu vim salvar Sena Madureira porque eu vou deixar o Gerlen lá como deputado e eu tenho uma certeza que o Gerlen vai mandar dinheiro para mim aqui. Ele vai mandar dinheiro para mim e todo investimento que ele fizer eu vou fazer questão que ele esteja no palanque comigo. Olha a diferença: em torno de 70 milhões para em torno de 3 milhões de um deputado mandando para a nossa cidade. Então, eu quero que o deputado Gerlen mande muitos recursos aqui para nossa Sena Madureira”, frisou.
O ac24horas percorreu as principais ruas de Sena Madureira em busca de depoimentos dos moradores sobre o atual cenário político. A dificuldade foi imensa. O “não” para gravar foi registrado dezenas de vezes. As pessoas demonstraram certo incômodo em se expor devido à tensão que as autoridades e os candidatos negam que existam. O fato é que dois trabalhadores “colocaram a cara para bater” e a reportagem expões na integra suas posições.
Já sobre a avaliação da gestào de Mazinho, Cleucimar afirmou que para ele “tanto faz” pois nunca recebeu nada, mas que apoia Gilberto. Eu apoio Gilberto. Um amigo me falou que o Gilberto tem que ser eleito, nós vamos trabalhar na zona rural, meter uma máquina retroescavadeira lá no Santana nunca foi essa escavadeira, fazer açude para o povo. Então eu fiquei grato aqui dali então eu acho que eu vou ficar com Gilberto porque tem mais projeto de trabalho né. Eu acho que o retroescavadeira que nunca foi na Santana e fazer as coisas pro pessoal né? Bom ele não tá pensando nele, tá pensando no nosso próprio produtor que planta feijão, planta melancia e vem para o nosso município”, explica.
Elizeu destaca que nunca um deputado federal fez tanto por Sena quanto Gerlen e destaca que a briga política é “mais coisa de boca”. “É muito mais fala e boca. Eu não vou brigar por causa de política, o político só procura a gente quando quer voto, quando ganha some”, finaliza.
A reportagem tentou contato com a promotora eleitoral Maisa Arantes Burgos, também responsável pelo pleito na terceira zona. Ela não deu retorno aos pedidos de entrevistas encaminhadas ao Ministério Público e um questionamento ficou em aberto. As demandas judiciais na Justiça Eleitoral estão “tranquilas” por que o MP Eleitoral ou não vem atuando? Não sabemos e nem tivemos resposta.
Já sobre o prefeito Mazinho Serafim, a reportagem o abordou durante um evento em Sena Madureira e, muito rude, ele destratou a equipe formada por um jornalista e um fotógrafo, afirmando que não “falava com o ac24horas” e que a resposta dele “será no dia 6 de outubro”.
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