As filhas de Silvio Santos (1930-2024) parecem ter decidido cortar relações com Luciano Callegari, braço direito do apresentador durante mais de 40 anos. Daniela Beyruti deixou de segui-lo no Instagram, e Patrícia e Renata Abravanel não responderam as tentativas de contato do filho dele, Rogério. O profissional acredita que as herdeiras do SBT não gostaram das críticas que ele fez à nova gestão da empresa, conduzida justamente por elas.
No início do mês, o executivo afirmou à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que não via com bons olhos a nova gestão da emissora. Ele chegou a dizer que “a falta de experiência e os egos são o que ditam hoje o caminho do SBT”.
O profissional também discordou pessoalmente de uma afirmação de Daniela Beyruti, que expressou o desejo de transformar a empresa do pai numa “Disney brasileira”. “Não pode ser levado a sério”, disparou.
Para além de ex-funcionário, Callegari era próximo de Silvio Santos –e chegou a ter uma última conversa com ele, há cerca de cinco meses. Na mesma entrevista em que fez as críticas, o profissional afirmou que sua maior satisfação em ter trabalhado com Silvio era justamente o fato de suas famílias se darem bem. Os Callegari frequentavam a casa do comunicador e chegaram a viajar junto com as filhas do apresentador por diversas vezes.
Mas, desde que a entrevista foi publicada, não há mais conversa entre as famílias. É o que afirma Rogério, filho de Callegari, numa nova conversa com a coluna de Mônica Bergamo.
Callegari não ficou exatamente surpreso com a repercussão. Ele costuma publicar vídeos em que faz críticas sobre a TV em seu perfil nas redes sociais, e Daniela já havia demonstrado contrariedade por falas sobre o SBT.
É uma postura diferente do próprio Silvio, com quem Callegari costumava discordar o tempo todo. O executivo chegou a admitir que as brigas entre os dois eram frequentes quando eles trabalhavam juntos.
“Mas não tinha ego envolvido. A nossa intimidade e o fato de podermos falar tudo um para o outro, sem qualquer tipo de preocupação, ajudou no desenvolvimento da emissora”, acrescentou.
Na visão dele, o sucesso aconteceu porque ambos eram apaixonados por TV e conversavam dez horas por dia para debater os “melhores talentos para a programação e o que deveria ser feito”. Callegari saiu do SBT em 2000, quando Silvio assumiu também as decisões executivas da emissora.
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