A fumaça que há dias cobre Cruzeiro do Sul está mais densa nesta quarta-feira, 11. Os motoristas circulam com os faróis dos veículos acesos e o sol está vermelho como nos finais de tarde.
Além da fumaça que vem de outras partes do Brasil e países vizinhos, em Cruzeiro do Sul, as queimadas urbanas e incêndios florestais não param, apesar de decretos e ameaças de prisão em flagrante. Nos 10 primeiros dias de setembro, o Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul registrou mais de 71 ocorrências, sendo 26 nas últimas 24 horas e 20 delas estavam relacionadas às queimadas florestais.
Os números estão em crescente desde julho, quando houve 156 ocorrências de incêndios florestais. Em agosto, foram 206, um aumento de 50 casos.
O ecólogo e cientista ambiental Foster Brown, da Universidade Federal do Acre (Ufac), ressaltou que a situação vai se agravar.
“A tendência é que essa situação se agrave. Temos trabalhado com a Defesa Civil Estadual, ajudando e repassando informações e os dados que coletamos com os sensores de qualidade do ar instalados em todo o estado, com a colaboração do Ministério Público, para termos uma resposta mais ativa. Agora, precisamos unir esforços da academia e dos órgãos públicos para antecipar problemas e aumentar a resiliência da sociedade”, afirmou Brown.
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