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Mesmo com decretos proibindo queimadas, estrada é tomada por fogo e cinzas no Acre

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O Acre está sob proibição de queimadas e de cinco decretos de emergência ambiental e de Saúde nos 22 municípios. Nesta quinta-feira, 5, Dia da Amazônia, o cenário é desolador na BR-364, entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Há fogo, fumaça, cinzas, obras e o sol sempre avermelhado.



Em todo o percurso de mais de 680 quilômetros, em muitas propriedades e nas laterais da estrada, há vestígios de fogo e queima recente, numa demonstração clara de descumprimento da portaria publicada no Diário Oficial de 25 julho do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), que determina a suspensão de autorizações de queima em todo o estado enquanto estiver em vigor o Decreto Estadual n.º 11.492, que estabeleceu emergência ambiental devido à seca nos 22 municípios acreanos de junho até 31 de dezembro.

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O que se vê na estrada é solo seco e animais sofrendo, comendo capim esturricado pelo tempo seco e pelo fogo. Mais de 1.700 mil focos de queimadas já foram registrados no estado até o dia 29 de agosto.O município de Feijó lidera o ranking, seguido do município de Cruzeiro do Sul e Tarauacá.



Nas margens dos Rios Liberdade e Lagoinha, na cabeceira das pontes, o fogo ainda está ativo, apesar das leis e medidas assinadas. Ao longo dos 18 quilômetros da BR-364 dentro da Terra Indígena Jatukina , também há marcas de queimadas recentes.


O taxista Erivaldo Lima, que faz lotação entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco, diz que dirigir de dia na BR-364 atualmente é perigoso e à noite é um desafio. “De dia, em alguns pontos, mistura fumaça com poeira devido a uns trabalhos específicos da estrada. À noite é muito pior e a visibilidade fica comprometida. Outro risco é os animais soltos na estrada”, relata.



A secretaria de comunicação do Acre diz que, além da proibição das queimadas, no total, há cinco decretos publicados sobre Emergência Ambiental nas 22 cidades acreanas. “Os documentos dispõem sobre a situação de emergência em decorrência de incêndios em áreas de cobertura florestal, queimadas descontroladas e elevada emissão de fumaça em todo o Estado do Acre; escassez hídrica e aumento brusco da ocorrência de doenças infecciosas”, diz a secretária da pasta, Nayara Lessa.


Melissa de Oliveira Machado, superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Acre, disse que o órgão está com esquipes na área da BR-364. “Estamos com uma equipe de fiscalização em Feijó. Retornam amanhã e outra equipe irá em seguida e temos equipe do Ibama em Cruzeiro do Sul”, citou, afirmando não terem sido feitas autuações ambientais na região.


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