Datena se descontrola, xinga candidato e é contido por jornalista: ‘Picareta!’

Candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) precisou ser contido no debate que reuniu outros candidatos ao cargo, no domingo (1º), na TV Gazeta. O ex-apresentador da Band ficou revoltado após as provocações feitas por Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), e continuou a interromper a mediadora mesmo quando não estava em seu momento de fala. “Picareta!”, xingou ele.

A jornalista Denise Campos de Toledo, que comandou a sabatina, precisou conter Datena diversas vezes durante a transmissão ao vivo. O candidato respondia a uma pergunta sobre saúde, feita por Guilherme Boulos (PSOL), quando cortou o assunto para atacar os adversários.

“O que mais me preocupa é a saúde de São Paulo em termos policiais, de um sujeito condenado, um bandidinho virtual de internet, como esse Pablo Marçal, que desvirtuou os debates. Me chamou de fujão, mas fujão é ele, que teve que dar o pé para os Estados Unidos para não cumprir mais pena de cadeia”, disparou Datena.

Em seguida, ele dirigiu as críticas a Ricardo Nunes. “O outro fala que o Marçal é mentiroso, e é mentiroso também. Tem provas da polícia de que um banco virtual financia candidatos do PCC. Tem PCC na administração daquele cidadão ali. São dois mentirosos e acusados de participar de máfia de creches”, acusou o ex-apresentador.

“É um roto falando de um rasgado. Para mim, é um mentiroso falando de um possível condenado”, acrescentou José Luiz Datena, que apontou o dedo para Nunes: “Ele disse que eu não tenho coragem de falar na cara. Pois agora eu falo na sua cara, seu picareta! Bandido!”. Neste momento, o microfone dele foi cortado.

Datena e Nunes continuaram a trocar ofensas que vazaram para o áudio da jornalista. Denise Campos de Toledo precisou chamar a atenção dos dois. “Candidato, por favor”, pediu ela a Datena, que prosseguiu com o bate-boca.

“Eu peço aos candidatos que deixem eu fazer a mediação e não atropelem, por favor, igual você entrou direto falando, Datena. Não devem falar enquanto o outro estiver falando. O microfone está cortado, mas acaba atrapalhando o pensamento do outro. Eu peço que isso não se repita”, concluiu a mediadora.