Um homem comprou um carro seminovo por R$ 65 mil, utilizando R$ 17 mil em moedas para dar como entrada, surpreendendo os funcionários de uma loja de usados no município de São José, em Santa Catarina.
O que aconteceu
O cliente, que já negociava com a loja há meses, pagou R$ 17 mil em moedas como parte do valor total. O comprador, que pediu para não ser identificado, já havia demonstrado interesse em vários modelos, e decidiu comprar um Honda City 2015 por R$ 65 mil. No sábado (17), ele testou o carro, gostou e fechou o negócio.
Na segunda-feira (19), ele levou as moedas em 13 galões de água, colocadas no porta-malas do carro do pai, o que fez com que a traseira do carro, um Gol G5, ficasse arriada. O vendedor Heverson César, 31, e a equipe da loja ficaram chocados ao ver a situação. “Quando ele chegou, eu olhei o porta-malas bem arriado e falei: ‘Cara, as moedas estão aí?'”, relatou, descrevendo o momento em que abriu o porta-malas.
A contagem das moedas se estendeu por horas e envolveu três vendedores e duas pessoas do financeiro. A equipe levou mais de duas horas e meia para contar todo o dinheiro, utilizando a pia da loja para separar e contabilizar as moedas. “A loja ficou abismada com isso”, comentou Heverson, ao falar sobre a reação dos colegas e da repercussão na região.
O valor total do carro foi pago com R$ 17 mil em moedas, R$ 10.500 em dinheiro e R$ 38 mil via PIX. Embora a transferência via PIX tenha sido realizada na terça-feira, a loja confiou no cliente e permitiu que ele levasse o carro antes da confirmação do pagamento. “Ali, o que ele falou está falado. Ele veio aqui, deixou as moedas, e logo em seguida ele já levou o carro”, explicou Heverson, destacando a confiança depositada nos clientes da loja.
O cliente explicou que sua estratégia era uma forma de economizar. Ele costumava trocar dinheiro por moedas como forma de poupança. “Era um meio inteligente de guardar. Ele contou que fez isso durante quatro anos. Se ele deixasse dinheiro na conta, ele gastava. Na forma de moedas, não”, explicou o vendedor.
A repercussão foi imediata, e outras pessoas começaram a ligar pedindo moedas. A maioria dos pedidos vem de comerciantes locais em busca de troco, e os estabelecimentos do bairro estão tendo preferência. “Tem bastante gente ligando pedindo moeda”, contou Heverson.