O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) foi entrevistado no programa Bar do Vaz nesta quinta-feira, 29. Durante a conversa com o jornalista Roberto Vaz, ele abordou seu mandato, criticou a atual gestão da prefeitura de Rio Branco e justificou o apoio à candidatura de Marcus Alexandre, pelo seu ex-partido, o MDB.
Em um diálogo aberto, Duarte defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro e se posicionou favorável ao impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes. “Eu sou um admirador do Bolsonaro pelo trabalho que ele fez na presidência da República e por falar como eu falo também. Ele fala de forma aberta tudo aquilo que ele quer falar. Eu admiro as pessoas que fazem isso. Então, Bolsonaro, pra mim, foi e será um cara que é importante para a política brasileira. Principalmente como presidente da República, ele tratou muito de pautas da iniciativa privada, do agronegócio, que é o que eu entendo que tem para desenvolver o Estado no Acre. A gente tem que defender os mesmos ideais, os mesmos princípios. A pessoa costuma falar que é Bolsonarista, falar que é de direita, dizer que não sei o quê, fazer vários discursos. Mas cadê a assinatura lá no pedido de impeachment do Moraes? Como eu fiz? Entendeu? Então é isso que eu digo, só que eu também não sou extremista, de forma nenhuma”, disse.
Duarte destacou que sua decisão de apoiar a candidatura de Marcus Alexandre à prefeitura ocorreu após a deliberação da maioria do partido, que, com 18 votos, optou por seguir com o emedebista. Segundo ele, a candidatura de Marcus Alexandre lhe convence e, caso eleito, não deverá retornar ao PT. “Eu tenho 22 candidatos avaliadores no município. Resultado: dois foram para acompanhar o atual prefeito, dois foram pela abstenção, e 18, ou seja, quase a maioria esmagadora, disseram que queriam acompanhar o Marcus Alexandre, que é do MDB. E aí eu disse para eles que eles iriam ser respeitados por mim e que eu acompanharia a executiva, como vou acompanhar os municípios. Eu acredito que o Marcus se despiu do PT. Ele disse que o padrinho da candidatura dele não é o Jorge Viana, e sim o Flaviano Melo. Estou ao lado dele por conta do partido, e por estar junto com o meu partido, eu me sinto bem ao lado dele. Ele tem dado sua palavra, estou confiando que ele é do MDB e que ele não sai do MDB, e que não está andando com a esquerda. A esquerda é um apoio, e ele não pode negar apoio, e ele está correto”, afirmou.
Roberto ainda mencionou os grandes feitos da gestão de Marcus Alexandre e criticou a construção do viaduto na Avenida Dias Martins, afirmando que a população precisa de abastecimento de água e pavimentação de ruas, além de cobrar o destino dos mais de R$ 500 milhões que haviam em caixa. “Existiam 188 ônibus transitando dentro de Rio Branco. Hoje tem 80. Andando para trás. Muito, muito. Entendeu? Então, esse é um grande problema. Nós estamos com um problema de água. Qual é a solução da atual gestão? Eu não estou aqui querendo criticar a construção do viaduto, mas é questão de decisão. Eu, como gestor, não faria isso. Eu tentaria diminuir os buracos da cidade, porque aquele político que chega nas ruas e diz que vai acabar com os buracos de Rio Branco, vai estar mentindo pra você. O problema aqui não é a direita ou a esquerda. O problema é saber quem vai resolver os problemas da população”, explicou, dizendo que o prefeito Tião Bocalom não está andando nos bairros. “Ano passado tinha R$ 500 milhões, e depois pediram empréstimo. E cadê esse dinheiro? Fizeram vários empréstimos, e veio o viaduto. Quem é que anda nos bairros? Eu estou acompanhando a eleição um pouco distante ainda, mas vejo, por exemplo, o Marcus andando em todos os bairros da cidade, enquanto o atual gestor, não. Aliás, eu não o vejo nos bairros”.
O deputado federal disse ainda que a atual gestão, por problemas pessoais, perdeu recursos federais que seriam destinados a Rio Branco. “Ofereci recursos para o Bocalom e ele não quis. Sofri esse problema com a atual gestão, eu fui lá no prefeito de Rio Branco procurar o gestor e dizer que tenho três milhões para trazer para o Rio Branco, para a saúde, antes de assumir o mandato de deputado federal. Eu fiquei 50 minutos na ante-sala desse gestor e não fui atendido. Isso tudo chateia, mágoa a gente, nos deixa tristes. Sabe por quê? Porque a população está precisando de tanta coisa e você desperdiça mais de seis milhões de reais de um deputado federal. Tive a riste notícia de que emendas de parlamentar que não estavam apoiando a gestão não iriam ser executadas”, declarou.
O parlamentar afirmou na entrevista que Alexandre fez muito por Río Branco em seus seis anos de gestão e criticou a decisão da coligação de Bocalom contra a pesquisa eleitoral feita por empresas do Acre. “Sou gaúcho, mas sou muito mais acreano do que gaúcho hoje. Eu confio no acreano, confio nas empresas acreanas. Então, para mim, existem dois institutos do estado do Acre, e eu sempre vou me basear neles. Agora, instituto que vem de fora e faz entrevista por telefone, eu não dou a credibilidade que poderia ter. Mas isso é uma coisa pessoal”, ressaltou.
Duarte fez questão de mencionar sua trajetória política e apresentou ao eleitor seus projetos, entre eles, o Gabinete Móvel, “para atender as demandas e prestar contas do mandato”.
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