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Paralimpíadas começa hoje com três acreanos em busca de medalha

Por
Saimo Martins

As Paralimpíadas de Paris 2024 começam nesta quarta-feira (28). Nesta edição, o Brasil conta com 255 atletas em 20 das 22 modalidades da competição, e com uma novidade: 117 destes atletas são mulheres, quase metade do corpo paralímpico brasileiro. O Acre conta com três representantes nesta edição: Débora Lima, Édson Cavalcante e Jerusa Geber. Conheça cada um deles:


Débora Lima


A atleta acreana paralímpica Débora Oliveira de Lima, 23 anos, foi convocada para competir nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 na classe T20 (deficiência intelectual). Ela começou a praticar esportes aos 12 anos, no Serviço Social da Indústria (Sesi). Neste ano, conseguiu resultados em São Paulo e na Itália, onde competiu e se consagrou campeã no salto, além de se tornar vice-campeã mundial no mundial de atletismo. Atualmente, integra o Instituto Elisângela Maria Adriano (Iema), de São Caetano (SP).



No início de 2024, Débora conquistou a medalha de prata no salto em distância T20 no Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Kobe, Japão, subindo ao pódio com um salto de 5,54 metros. Além disso, a acreana já havia conquistado uma medalha de ouro no Grand Prix da Itália, em Jesolo, com um salto pessoal recorde de 5,85 metros, superando sua marca anterior de 5,71 metros.


Segundo a atleta, antes de embarcar para a França, ela se aperfeiçoou em sua modalidade. Lima diz ainda que o objetivo é melhorar sua marca pessoal em busca de uma medalha nos jogos de Paris. “O foco continua no objetivo. Estou em busca de melhorar minha marca, sabendo que, se eu melhorar minha marca, estarei brigando pela medalha.”


Edson Cavalcante


Com 45 anos de idade, Edson Cavalcante Pinheiro é uma das promessas brasileiras por uma medalha nos jogos deste ano no atletismo. Paratleta do Instituto Athlon, de São José dos Campos (SP), ele tem medalha paralímpica na carreira – bronze nos 100m dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.


O acreano nasceu no seringal com ajuda de uma parteira. Com falta de oxigênio, teve paralisia cerebral, que prejudicou os movimentos do braço direito. Edson praticava tênis de mesa em 2001 e, um ano depois, migrou para o atletismo. Em menos de dois anos no esporte, conquistou seu lugar na Seleção Brasileira.



Além da medalha de bronze nas Paralimpíadas de 2016, Edson tem no currículo conquistas como: ouro nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos 100m no Mundial Londres 2017; ouro nos 100m e bronze nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m no Mundial Doha 2015.


Ele também conquistou o bronze nos 100m no Mundial Lyon 2013; ouro nos 100m e nos 200m e prata nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; bronze nos 100m no Mundial de Christchurch 2011; ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007.


Jerusa Geber


Jerusa Geber, aos 42 anos, nascida na capital do Acre, é uma das estrelas da delegação brasileira, que é a maior já enviada aos jogos. Jerusa tem marcas expressivas. A principal delas é ter sido a primeira mulher cega a correr os 100 metros rasos abaixo dos 12 segundos. O feito foi alcançado no ano de 2019.


Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual.



É a atual recordista mundial nos 100m pela classe T11 com o tempo de 11s83. Veja alguns dos títulos conquistados por Jerusa ao longo da carreira. Ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe 2024; ouro nos 100m e 200m e prata no revezamento 4x100m nos JogosParapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 100m e 200m no Mundial Paris 2023; bronze nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; ouro nos 100m no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos 100m e nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m no Mundial Doha 2015; prata nos 100m e nos 200m no Mundial Lyon 2013; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos ParalímpicosLondres 2012; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; ouro no revezamento 4x100m, prata nos 100m e nos 200m no Mundial da Nova Zelândia 2011; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Pequim 2008.


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