Mais uma tentativa de feminicídio foi registrado em Cruzeiro do Sul na noite dessa terça-feira (27). Um jovem de 19 anos é acusado de enforcar e esfaquear a ex-esposa, de 17 anos, por não aceitar o fim do relacionamento. As agressões começaram quando ela dormia ao lado do filho do casal, de 1 ano e 5 meses.
Após o ataque, ele fugiu, levando a criança para a casa de sua própria mãe. A vítima foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu os primeiros atendimentos antes de ser transferida para o Hospital do Juruá devido à gravidade das perfurações nas costas e no abdômen. A polícia fez buscas pela área, mas não conseguiu localizar o agressor. O caso foi registrado e será investigado pela Delegacia Especializada.
“Segundo ela, o ex-marido a esganou e nesse momento ela desfaleceu e quando voltou o sentido já estava com sangramento devido às perfurações. Ele deixou a companheira ferida e levou o filho do casal, tendo entregue logo em seguida para a sua mãe, que vai devolver a criança. As informações foram repassadas para a Polícia Civil e com certeza serão tomadas providências, tais como medidas protetivas”, citou o sub comandante da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul, Capitão Odair Nogueira.
Também ontem a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência no Bairro do Telégrafo, onde a mulher relatou que o esposo chegou em casa embriagado e alterado, a insultou, a agrediu com um chute nas costas e a expulsou de casa.
“A vítima, que apresentava hematomas, inclusive um visível no olho direito causado por agressões anteriores, expressou interesse em solicitar uma medida protetiva devido à recorrência dos abusos. O agressor tentou fugir, mas foi contido, preso no local e conduzido à delegacia, onde serão tomadas as medidas legais cabíveis. Essa não é a primeira vez que essa mulher é agredida, mas somente agora, ela solicitou a medida protetiva. Isso é comum. As pessoas, às vezes, ou por medo, ou por algum outro motivo, deixam de procurar ajudar E só procuram quando realmente chega no limite, já onde não aguentam mais. A orientação que a gente passa para que ao ser agredida logo nas primeiras vezes, que procurem os órgãos de proteção para que evitem o mal maior”, recomendou o militar.
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