O cantor Gilberto Gil deu um conselho para Preta Gil durante o período mais crítico do tratamento dela contra um câncer no intestino. A artista teve uma sepse –espécie de infecção generalizada– e correu sério risco de morte. Em determinado momento, enquanto ela ainda estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o músico disse que a filha poderia ir embora se a situação estivesse “pesada demais”.
O episódio foi relatado no livro Preta Gil: Os Primeiros 50, e reiterado no Conversa com Bial na terça (27). “Se tiver sendo muito difícil para você, e se for sua hora, aceite”, relembrou a cantora, quando questionada pelo apresentador Pedro Bial.
“Foi ótimo ele ter dito isso para mim. Eu estava na merda, Pedro. Eu estava assim… Tinha acabado de voltar da sepse. Estava com risco oito de morte, ainda na UTI. Minha pressão batia 23. Eu tava na iminência, era alerta vermelho máximo. Todo mundo preocupado. Os médicos: ‘Ela pode ir embora qualquer hora, a gente não conseguiu estabilizar ela’. Eu tava com pancreatite, eu tava com pneumonia, tudo ferrada. O corpo colapsou mesmo”, relatou.
Ela afirmou que, depois, relacionou a fala a quando o próprio Gilberto ficou internado, em 2016, para tratar da insuficiência renal crônica. A filha contou que ele desistiu do tratamento em determinado momento, pois não conseguia mais lidar com a situação. “Eu acho que ele se colocou nesse mesmo lugar”, comentou, com relação ao que ele disse a ela.
Ele falou: ‘Se tiver muito pesado para você, vai, se deixa ir, porque é muito ruim viver esse incômodo, e lutando dessa forma que você está lutando’. Aquilo me deu um… Virou uma chave na minha cabeça. Porque, em nenhum momento, alguém tinha me dito que eu estava correndo risco de vida ali. As pessoas… Os médicos, os acompanhantes… Vão meio que passando um pano.
Ela só entendeu o que estava acontecendo com a fala do pai. “E ai eu falei: ‘Não quero, não, eu não quero morrer, não! Não chegou a minha hora, não!'”, disse, aos risos.
Período crítico
A cantora, no entanto, disse ter “ido e voltado” devido à sepse. “Os médicos me trouxeram de volta”, declarou. Segundo ela, o episódio foi “muito grave” e evoluiu de forma rápida.
“Eu tive muita sorte porque eu me senti mal na noite anterior, e meu oncologista da época falou: ‘Você tem que ir ao hospital’. E ele falou: ‘Não é normal tudo o que você está relatando, tudo o que você está sentindo, no quinto ciclo de quimioterapia. É melhor você ir ao hospital. Eu quero te ver'”, narrou ela.
Foi no hospital que ela teve a sepse. “Se eu estivesse em casa, eu não estaria mais aqui. Então, assim, meus anjos da guarda, meus orixás, desde o início de toda a história… O sangramento que eu tive quando eu passei mal em janeiro, fui ao hospital e descobri que estava com o tumor… São coisas que você sente a presença divina mesmo, dos meus protetores falando ‘ainda não é sua hora'”, disse.
A volta da sepse também foi definida pela cantora como “complicada”. “Eu tive muitas revelações, eu tive encontro com pessoas enquanto eu estava desacordada. É uma coisa espiritual mesmo, esse encontro. E aí Deus falou: ‘Volta, porque não é sua hora'”, ressaltou.
Mesmo após a remissão, a cantora ainda enfrentava dores. Ela teve o diagnóstico de uma recidiva neste semana, mas, como o programa foi gravado na semana passada, o tema não entrou em pauta.
“Eu amputei o reto. Então, minha parte digestiva é muito diferente. Eu ainda passo por coisas muito delicadas. Eu tenho incontinência fecal, eu ainda uso fralda. É delicado, assim… Vocês estão me vendo aqui… É fruto de uma administração trabalhosa. O pós de tudo isso, a reabilitação, demora anos”, declarou.
Até eu conseguir voltar a ter o comando do meu corpo, a conseguir segurar… É muita fisioterapia pélvica. É um reordenamento radical. Eu tinha uma culpa muito grande pelo meu câncer, porque ele foi no intestino… E esse foi um debate muito grande na minha vida, a questão do meu peso.
No decorrer da entrevista, Preta falou sobre o relacionamento com Rodrigo Godoy, a quem acusou de tê-la “largado” durante o tratamento. Depois eu entendi, obviamente, que ele já estava num relacionamento extraconjugal há seis meses e eu não sabia. Mas, na minha cabeça, até isso eu acolhia”, relatou.
Ela pensava que a situação toda era muito dura para ele. “Deve ser difícil, realmente, a mulher doente. Muito hospital, muito hospital. E ele não ficava comigo no hospital. Ele me largava, literalmente, e meus amigos, minha família… E isso era algo que ele usava até de desculpa: ‘Não, a casa está cheia, não preciso ficar aqui. Eu vou para a rua’. Enfim, é triste, mas é uma realidade. Não só comigo, mas com muitas mulheres”, disse.
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