Representando a bancada feminina na Câmara Municipal de Rio Branco, a vereadora Elzinha Mendonça (PP) concedeu entrevista ao ac24horas nesta quarta-feira, 28. Ela falou sobre seu mandato e fez uma projeção para o futuro, caso seja reeleita para o Poder Legislativo no período de 2025-2028.
Mendonça começou relembrando 2016, ano em que foi eleita como a mais votada na capital. Segundo ela, sua entrada na política teve como objetivo ajudar as pessoas e contribuir para o desenvolvimento do município, ouvindo demandas e fazendo proposituras. “Na realidade, eu sempre gostei muito de ajudar pessoas. Eu já fazia um trabalho social para um determinado grupo de pessoas. Em 2016, eu lancei meu nome à candidatura de vereadora, fui a vereadora mais votada de Rio Branco e entendo que a política veio para a minha vida para ampliar, ajudar pessoas e a minha cidade. E é o que eu tenho feito. Entendendo qual é o papel do vereador, que fiscaliza o Executivo e cria projetos de leis em benefício da população e da cidade. Tenho andado muito nos mais de 200 bairros buscando conhecer a realidade das pessoas, porque, na verdade, não tem como eu fazer um trabalho responsável se eu não ouvir a demanda das comunidades. Isso é o que eu tenho feito: andando, conversando, dialogando e cobrando aquilo que a população de Rio Branco merece e espera”, declarou.
Elzinha destaca que, ao longo dos anos, tem defendido algumas pautas de suma importância, como educação, saúde, meio ambiente, valorização da mulher e inclusão social. Ela cita um projeto aprovado no parlamento que prevê isenção em concurso público para certos grupos, como mulheres vítimas de violência doméstica, lactantes e doadoras de medula óssea, além do protocolo “Não é Não”.
“Quando eu assumi como vereadora, busquei defender algumas pautas, porque não adianta dizer que vereador pode abraçar tudo. Então, eu sempre defendia a educação, a saúde, o meio ambiente, a assistência social e a defesa dos direitos das mulheres. Tenho projetos que foram aprovados dentro do meio ambiente, como a coleta seletiva de lixo, que foi uma pauta que eu sempre desenvolvi no outro mandato. Nesse mandato recente, já tive o projeto aprovado, que hoje é lei: a isenção das inscrições para concurso público. Foi uma demanda muito latente neste último ano, em que as pessoas fizeram concurso público e eu vi a necessidade de beneficiar certos grupos, como as mulheres vítimas de violência doméstica. Lembro de uma mãe lactante que foi retirada de um concurso do estado; apresentei esse projeto na esfera municipal, teve um apelo muito bom e foi sancionado para beneficiar mulheres em situação de violência, doadores de medula óssea e pessoas com deficiência. Também tem um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal, o Projeto de Lei Complementar nº 11, que visa ampliar o cadastro de reserva. Tivemos um apelo muito grande dos concurseiros e eu tenho lutado junto com essas pessoas. Outro projeto aprovado é o protocolo ‘Não é Não’. Acho que é uma pauta muito forte no meu mandato. Preciso defender as mulheres porque, como mulher, não posso me eximir. Precisamos enfrentar a problemática da violência doméstica e do feminicídio. Hoje, nossa cidade, Rio Branco, assim como nosso estado, está nos primeiros lugares no ranking de violência de feminicídio. Utilizo meu mandato para defender essa causa tão importante. Defendo também a representatividade feminina, pois na Câmara Municipal de 17 vereadores, só temos duas mulheres, e na Assembleia Legislativa, de 24 deputados, apenas três mulheres”, disse.
Projeção de futuro
Ao falar sobre a dificuldade de disputar a reeleição, a vereadora do Progressista afirmou que ainda há muito a contribuir com o município e mencionou algumas de suas propostas, como a criação de um centro especializado de atendimento às mulheres na capital e um centro de referência de ensino especial para crianças com deficiência, como autismo e TDAH. “Nós temos muita coisa ainda a lutar pelo nosso Rio Branco. Tenho como proposta futura, se for eleita, criar o CAPS Mulher, um centro especializado de atendimento às mulheres. Hoje, as mulheres de Rio Branco não têm um local adequado para consultas, exames específicos, atendimento psicológico, acolhimento e orientação sobre seus direitos. Acredito que essa é uma proposta viável e é uma pauta pela qual não deixarei de lutar. Também temos outras propostas, como a criação de um centro de referência de ensino especial. Temos uma demanda crescente de crianças com transtornos, e queremos implementar esse centro no município, assim como o Estado fez”, ressaltou Mendonça.
Elzinha afirmou também, na entrevista, que já vivenciou as duas faces de uma eleição: foi a mais votada em 2016 pelo PDT e ficou na suplência por 66 votos em 2020, já pelo PSB. Segundo ela, em uma fase mais experiente, a eleição só se ganha após a apuração das urnas. Por essa razão, prega cautela e defende uma eleição “pé no chão”. “Em 2020, saí muito abalada porque era líder da prefeita Socorro Nery, tinha estrutura para uma reeleição, mas era um momento difícil na pandemia e fiquei na suplência. Esse período serviu para refletir sobre quem eram meus amigos e quem estava comigo, e me fez compreender que nada acontece sem a vontade de Deus. Naquele momento, meu coração se encheu de arrogância, achando que estava eleita, na cilada do ‘já ganhou’. Hoje, nossa campanha está pé no chão”, garantiu.
A parlamentar reforçou que sua candidatura é independente e sem candidato majoritário. Mendonça fez questão de rechaçar qualquer desavença ou inimizade com o prefeito Tião Bocalom, candidato à reeleição. “Quem estiver comigo vai poder votar em quem achar melhor para Rio Branco. Não tenho nada contra a pessoa do prefeito [Bocalom]. Apenas cobro o que é melhor para a população e faço meu trabalho de fiscalização, sem faltar com respeito a ninguém”, salientou.
Biografia de Elzinha Mendonça
Elzinha Mendonça, nascida em 07/12/1970, é natural do Seringal Porto Carlos (Assis Brasil/AC), filha de Izaias Batista de Mendonça (in memoriam) e Terezinha Teixeira de Mendonça. Mãe de dois filhos, em uma família de dez irmãos, cresceu em um lar de pais seringueiros e chegou a Rio Branco aos 8 anos, vinda do interior em busca de oportunidades de estudo e crescimento da renda familiar. Em 2007, concluiu a graduação em Administração e, em 2011, a pós-graduação em Gestão de Pessoas, assumindo o cargo de analista de projetos na Federação da Indústria do Estado do Acre.
Em 2015, foi convidada a concorrer à presidência da Associação dos Portadores de Hepatites do Estado do Acre, e, por unanimidade, assumiu a gestão, dando continuidade a um projeto de fortalecimento e consolidação das ações de combate e controle das hepatites virais no Acre. Em 2016, concorreu ao cargo de vereadora de Rio Branco, sendo eleita como a mais votada, com 3.878 votos. Em 2020, concorreu à reeleição, obtendo 1.930 votos e ficando como primeira suplente. Em 2023, assumiu o cargo de vereadora de Rio Branco, cumprindo o mandato desde então.
Elzinha afirma ser de família numerosa e humilde. “Sou de uma família numerosa, falando um pouquinho da minha vida como pessoa. Eu nasci no Seringal, entre Brasiléia e Assis Brasil, vim para a cidade com oito anos. Meu pai era pastor, minha mãe professora, e como toda família acreana, viemos em busca de uma vida melhor, um futuro melhor. Aqui, meus pais se estabeleceram, eu pude estudar, sou formada em Administração de Empresas e especialista em Gestão de Pessoas. Minha mãe hoje tem 87 anos, meu pai já faleceu, mas tudo o que aprendi foi com eles: ser honesta, ajudar a quem mais precisa. Tenho dois filhos, sou avó do Daniel, e digo que é um desafio deixar de ter mais tempo com minha família para estar nessa jornada de uma eleição desafiadora. Temos muitos candidatos com experiência, mas acredito que tenho desenvolvido um papel importante, levando a voz da população para dentro da Câmara Municipal e chamando a responsabilidade para que a gestão ofereça o que a população merece e espera”, avaliou.
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