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A guerra das eleições na terra da farinha

NO SEGUNDO colégio eleitoral do estado, Cruzeiro do Sul, está sendo travada uma das batalhas políticas mais disputadas desta eleição, tendo de um lado a médica e ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB) e do outro o prefeito Zequinha Lima (PP), sem que se possa dizer no momento que a eleição está decidida. Ainda se encontra na fase do achismo. Pesquisas, só as não registradas, que não podem ser publicadas. As próximas pesquisas a serem registradas é que vão dar um norte de como será a reta final da eleição. A Jéssica Sales (MDB) tem o seu forte carisma como principal trunfo eleitoral. Mesmo lutando contra a máquina do estado e da prefeitura, não é uma candidata fácil de ser batida. O prefeito Zequinha (PP) tem a seu favor disputar a reeleição no mandato, com apoio do governador Gladson Cameli e da maioria dos parlamentares com nicho eleitoral no município. Melhorou muito a sua gestão e isso pode refletir nas pesquisas. Zequinha não é um amador, é da escola do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que se mexe bem numa campanha. Enquanto não saírem novas rodadas de pesquisas é bom não casar apostas. É uma campanha que disputará voto a voto até o dia da eleição. Vai ganhar quem cair na graça do eleitor, não será uma eleição a ser decidida por quem está ou não está no palanque como aliado. É uma eleição com emoção.


NOTA DE PAIXÃO


A NOTA emitida pela vice-governadora Mailza Assis, numa linguagem confusa e genérica – não disse nada com coisa alguma – tentado se posicionar sobre a acusação do seu noivo Madson Cameli ter agredido a ex-mulher, melhor seria ter ficado calada. A única explicação pelo silêncio tumular sobre o caso, é o de ela ser uma mulher apaixonada. O que é de fórum íntimo.


O CASO É POLICIAL


ESTE caso, é bom deixar claro, não é político como estão tentando dar conotação; mas um caso policial, no
âmbito da Lei Maria da Penha. E a tendência é se tornar um caso judicial com a peça da Denúncia do MP. A acusação da vítima passa a léguas de distância de ter relação com a vice-governadora Mailza Assis. Não pode ser tratada como perseguição política.


NÃO FOI CONDENADO


ATÉ aqui, o noivo da vice-governadora Mailza Assis, Madson Cameli, por enquanto deve ser tratado apenas como acusado e não como condenado e terá todo direito de defesa. E a justiça é que dirá se é culpado ou inocente. Assim é a lei.


CICLO FECHADO


COM a entrevista ontem do candidato à PMRB, Emerson Jarude, foi fechado o ciclo de sabatinas do ac24horas com os candidatos a prefeito. A decisão agora fica com o eleitor.


MILITÂNCIA JOVEM


O QUE chamou a atenção ontem no público que foi prestigiar a entrevista do Jarude, foi ser formado na maioria por jovens com muita animação.


CONTINUA NEUTRA


CONVERSEI ontem com alguns cabeças brancas do MDB sobre a visita da deputada federal Socorro Neri (PP) ao partido. Todos se sentiram “frustrados,” já que, como ele não apoiará o prefeito Tião Bocalom, esperavam uma declaração que não aconteceu, de apoio à candidatura a prefeito de Marcus Alexandre (MDB).


MOBILIZAÇÃO QUE MARCOU


UMA das maiores mobilizações de apoiadores da campanha até aqui foi a do candidato Jessé Cruz (MDB), que disputa um mandato de vereador. Tem como seu nicho eleitoral os fiéis da Igreja Quadrangular e o Pastor Moreira; o que o torna competitivo.


OPINIÕES JURÍDICAS


OUVI várias opiniões jurídicas sobre os pedidos de impugnação das candidaturas para a prefeitura de Brasiléia, e de todos ouvi que tanto o candidato Carlinhos do Pelado (PP); como a candidata Leila Galvão (MDB), tendem a ser liberados pela justiça eleitoral; seja na primeira ou segunda instância. É possível que no máximo em dez dias deve sair a primeira decisão. O resto fica com o eleitor.


NÃO ENTROU NO JOGO


NÃO coloque em dúvida a força eleitoral do deputado Manoel Moraes (PP) – em Xapuri – porque ainda não entrou no jogo para valer – o que deve acontecer nos últimos 15 dias antes da eleição – fechando apoios ao candidato a prefeito Maxsuel Maia (PP). O Manoel sabe mexer o doce na reta final da campanha.


PESQUISA NO FORNO


A TV-ACRE deve divulgar a sua primeira pesquisa sobre a eleição para a prefeitura de Rio Branco, na próxima segunda-feira. A pesquisa é do instituto de renome nacional, o Quaest. Será bom para se medir o tom de momento da eleição, em que todas as campanhas já estão nas ruas.


A GRANDE FARSA


É TUDO uma farsa essa história que o Bolsonaro transfere votos, discurso este que vem sendo usado largamente na eleição da Capital. O Datafolha de ontem trouxe um dado interessante: – 63 por cento dos eleitores da cidade de São Paulo dizem rejeitar candidato apoiado por Bolsonaro. E, no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD), que disputa a reeleição, tem 56 por cento contra 9 por cento do candidato do Bolsonaro, Delegado Ramagem (PL). Uma mostra que é furado o discurso de que para ganhar eleição tem de ser bolsonarista. Ninguém é dono de voto.


MÁGOA NÃO DISFARÇADA


NOTA-se uma mágoa não disfarçada do candidato Jenilson Leite (PSB) com o candidato Marcus Alexandre (MDB). É que o PSB esperava indicar o vice na chapa do Marcus, o que furou.


VOLTA PARA A CÂMARA


SÓ um ponto muito fora da curva vai impedir da vereadora Elzinha Mendonça de ser uma das eleitas e bem votada, na forte chapa do PP. A sua campanha é muito bem organizada. E é uma boa vereadora.


DEU UMA HUMANIZADA


O SECRETÁRIO municipal de saúde, Dr. Nogueira, deu uma humanizada no atendimento pelo órgão. Não se recusa a receber ninguém e trata os que o procuram com urbanidade.


NADA MAIS PATÉTICO


NÃO existe nada mais patético na eleição do que candidato aparecer comendo quibe (no popular quêbe) – e tomando cafézinho com o eleitor; como se isso fosse resolver os problemas crônicos de Rio Branco.


OUTRA APELAÇÃO IDIOTA


UMA outra apelação idiota é a briga tendo como tema quem é de esquerda ou de direita. Os buracos das ruas, a falta de água, o sistema de transporte coletivo caótico e etc – problemas que atravessaram gestões na PMRB e persiste na atualidade – não serão resolvidos com toscos chavões ideológicos. Problemas não têm cor partidária e nem ideologia.


NÃO VAI TER IGUAL


NÃO acho que vá existir nesta eleição uma campanha mais acirrada do que a disputa pela prefeitura de Sena Madureira, entre os grupos do prefeito Mazinho Serafim (PODEMOS) e do deputado federal Gerlen Diniz (PP). Os primeiros confrontos registrados são apenas uma preliminar do que virá.


LENE PETECÃO


QUEM fez o lançamento da sua candidatura à reeleição foi a vereadora Lene Petecão (UB), que cumpre um mandato ativo no plenário. Nesta eleição, não terá o apoio do irmão e senador Sérgio Petecão (PSD). Ela está no palanque do prefeito Bocalom (PL); e ele, no do Marcus Alexandre (MDB).


SEM SOMBRA DE DÚVIDA


NÃO tem nem sombra de dúvida: a chapa mais forte de candidatos a vereador em Rio Branco é a do PP, com sete nomes disputando um mínimo de três cadeiras.


NÃO VEJO CLIMA


PODE até acontecer – dependerá das votações dos candidatos Emerson Jarude (NOVO) e Jenilson Leite (PSB) – mas não vejo clima para a eleição da capital ser decidida no primeiro turno.


TRIVIAL NAS ELEIÇÕES


O QUE mais acontece numa eleição é o candidato a vereador ter dois tipos de santinhos: um com seu nome e do candidato a prefeito; e o outro, só com seu nome e deixando limpo o espaço de prefeito. E a prática aumenta na medida que o candidato sentir que quem apoia para a prefeitura, tende a perder a eleição. É o chamado salve-se quem puder.


FRASE MARCANTE


“Qualquer espécie de palavra que você disser, a mesma você ouvirá”. Ditado grego.


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