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Mototaxista atropelado por carro da Ageac tem perna amputada; família diz não receber apoio

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O mototaxista Ueliton Albertazio Quirino Gomes, conhecido por Leto, de 46 anos, atropelado por um carro da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac) nessa quinta-feira, 22, na BR-364, precisou ter uma perna amputada no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul. Do Hospital de Tarauacá, foi transferido de avião para Cruzeiro, onde passou pela amputação e segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).


ENTENDA O CASO: Mototaxista tem perna dilacerada ao ser atropelado por carro da Ageac


A irmã do mototáxista, Tânia Quirino, conta que toda a perna direita dele foi amputada. A preocupação agora, além da saúde dele, é com o sustento da família. “Ele é casado e tem três filhos, sendo que 2 moram com ele. Agora, sem a perna, como meu irmão vai trabalhar para sustentar a família dele?”, indaga Tânia.

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O caso foi classificado pela Polícia Militar como lesão corporal culposa de direção de veículo. O motorista do carro oficial, Alex Diogo Figueiredo Leao, 37 anos, foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo.


Em nota do governo do Estado, publicada após o acidente, a Ageac diz ter prestado assistência e solidariedade à família. Mas Tânia, irmã do mototáxista, diz que isso não aconteceu. Logo depois do acidente, segundo ela, a equipe da Ageac trocou o pneu do carro e foi embora do local, antes da chegada da Polícia Militar e do Samu.


“Da hora que o Samu chegou lá para prestar socorro, até a hora de ele ir para o hospital de Cruzeiro do Sul , não apareceu ninguém da Ageac querendo prestar qualquer tipo de ajuda ali perto dele ou aos familiares. Todo mundo sabe que o Leto passou a tarde no hospital aqui em Tarauacá, e às 17h foi que o Leto foi transferido para Cruzeiro. Eles sequer ficaram lá e, quando a ambulância chegou, já tinham saído. Eles também colocaram que ficaram lá prestando solidariedade, mas em momento nenhum eles prestaram nenhum tipo de solidariedade, os dois carros pararam na hora do acidente, mas não prestaram socorro. Um dos pneus do carro do acidente estourou, lá no local. Eles trocaram o pneu do carro e sumiram do mapa. Não apareceu ninguém, nem lá, nem em hospital, nem em lugar nenhum. Não fizeram nada disso, nada, absolutamente nada, simplesmente sumiram”, desabafa ela.


Ocorrência


No Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, o caso é tratado como lesão corporal culposa de direção de veículo. No documento consta que às 12h45, a guarnição foi acionada via COPOM para atender a uma ocorrência de sinistro de trânsito nas proximidades do Km 12, da BR-364, entre Feijó e Tarauacá.


Quando a equipe chegou ao local, Ueliton já havia sido encaminhado ao hospital local pelo SAMU, e Diogo, condutor da caminhonete de cor branca, havia se dirigido ao quartel da Polícia Militar, onde relatou o ocorrido.


No Hospital de Tarauacá, a PM ouviu a passageira da moto de Uelinton, M.L.A.R, que também estava sendo atendida, apresentando escoriações leves no joelho direito. “Ela relatou que Leto, por razões ainda desconhecidas, invadiu a pista contrária e que Diogo, ao perceber a situação, tentou desviar a caminhonete para evitar uma colisão frontal, resultando em uma colisão lateral entre os veículos. Durante a apuração dos fatos, duas testemunhas que estavam em um veículo atrás da caminhonete de Diogo também se apresentaram. Ambas afirmaram ter presenciado o sinistro e corroboraram a versão da Sra. Maria, confirmando que o Sr. Leto invadiu a pista contrária, levando Diogo ao tentar desviar para evitar um impacto frontal”, cita o Boletim de Ocorrência do acidente.


Uma outra testemunha do caso, em áudio ,cita que as duas caminhonetes da Ageac estavam em alta velocidade na BR-364. No boletim de ocorrência não há informações de que uma perícia tenha sido realizada no local para elucidar a dinâmica do acidente.


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