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Os esquecidos de Rio Branco, eles e nós

Pessoas em situação de rua em Rio Branco - Sérgio Vale/ac24horas

A cidade está em festa com as eleições, mas o centro de Rio Branco está ocupado por indivíduos no estágio mais extremo de privação humana: o auto abandono. Seja devido ao álcool, drogas, doenças mentais ou simplesmente pela falta de um lugar para morar, eles se submetem à solidão e buscam refúgio em locais ocultos da cidade, para esconder a tragédia e a dor que carregam na alma, longe da luz do sol. É como se vivesse na escuridão completa de suas vidas.


Esses indivíduos, esquecidos pela sociedade, que parecem ser todos iguais nivelados que são pela desgraça que se abateu sobre eles, vagueiam como sombras, enquanto lutam com seus demônios internos, buscando refúgio nos becos obscuros da cidade, longe dos olhares indiferentes. Não há quem os console! Parece não haver cura para suas almas empalidecidas pela dor.


Sentem-se invisíveis no meio da multidão, cada um carregando seu próprio fardo de dor e isolamento. Escravos do silêncio, eles clamam por compreensão e um pouco de humanidade. Nesta selva de concreto, encontram abrigos em becos sombrios, sob pontes frias e em vielas esquecidas, vivendo à margem, buscando alívio para seus tormentos em cada amanhecer incerto.


As eleições virão e irão, e os negligenciados permanecerão assim, pois são os “esquecidos” até que a fatalidade da morte chegue. O tempo seguirá e ninguém lembrará deles ou de nós, pois seremos igualmente esquecidos.


O ciclo da indiferença persistirá, varrendo nomes e histórias para o esquecimento. Seremos apenas ecos silenciosos, perdidos em meio ao incessante avanço do tempo. A inevitabilidade do esquecimento nos une, tornando-nos iguais perante a eternidade.


Ao menos, eles sabem que são os “esquecidos” e nós, infelizmente, também somos, mas não sabemos. Talvez Deus esteja mais perto deles do que de nós. Ele mesmo disse: “Bem-aventurados os que sofrem porque serão consolados”. Quem nos consolará?


“Não tenho medo da morte, tenho medo de ser esquecido”. (Raul Seixas)


. O candidato a prefeito do PSB a prefeito, médico Jenilson Leite, deixa nas entrelinhas de suas palavras uma certa mágoa do MDB e do candidato Marcus Alexandre.


. Precisa pegar umas aulas com o senador Márcio Bittar (União Brasil) que diz:


. “Quem quer viver magoado saia da política”?


. Em se tratando de política, ninguém é obrigado a fazer o que não quer, muito menos andar com quem não gosta.


. O ambiente político contemporâneo é nocivo à alma humana; o campo perfeito para traições, calúnias, injúrias, perseguições, mentiras, difamações.


. Sobre corrupção (ninguém se espanta) é da natureza do gênero humano que, segundo o Gênese, nasceu no paraíso.


. Tudo isso justifica a postura de alguns políticos?


. Para Sócrates, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, Santo Agostinho não, não justifica.


. A política, o viver em sociedade, deveria melhorar o homem.


. Mas, para Maquiavel justifica sim!


. O ideal é muito diferente do real; só ilações.


. Bom dia!