O candidato a prefeito de Rio Branco pelo MDB, Marcus Alexandre (MDB), foi o segundo participante do ciclo de sabatinas do ac24horas com os postulantes ao executivo municipal de Rio Branco, na noite desta terça-feira, 20.
Até a próxima quinta-feira, 22, todos os concorrentes terão a oportunidade de apresentar suas propostas no programa mediado pelo jornalista Marcos Venícius com a participação dos colunistas Astério Moreira, Luís Carlos Moreira Jorge e do jornalista Leônidas Badaró.7
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Marcus Alexandre tem 47 anos, é engenheiro civil, assim como a esposa, Gicélia Viana, com quem tem três filhos. Ele foi prefeito de Rio Branco entre os anos de 2013 e 2018. Renunciou ao cargo no dia 6 de abril de 2018, para disputar as eleições ao governo pela Frente Popular do Acre, coligação encabeçada pelo PT, ficando em segundo lugar.
Na entrevista, o candidato destacou a necessidade de a prefeitura retomar os investimentos na área de educação, com a construção de novas escolas, valorizar os professores, cumprir o piso nacional e abrir todas as creches comunitárias. “Nós temos 2.500 crianças a menos na rede pública do que tínhamos há seis anos, então estamos andando para trás”, afirmou.
No tema saúde, ele disse que foi o prefeito que mais construiu postos na história de Rio Branco e que, eleito, vai construir mais um Barral y Barral no Segundo Distrito. “É hora do Segundo Distrito ter uma policlínica, é um compromisso nosso e nós vamos fazer. Nós vamos transformar a Urap Roney Meireles em policlínica ali na entrada do Xavier Maia, porque o nosso plano prevê três policlínicas na cidade”, enfatizou.
Marcos Alexandre disse ainda que pretende implantar uma espécie de Mais Médicos municipais. “Um programa amplo de garantir os médicos na rede porque hoje a maior dificuldade é encontrar pediatra e ginecologista. Nós temos pessoas que vieram para Rio Branco formadas e com CRM e não conseguem trabalhar”.
Ele ainda negou a acusação feita pelo candidato Tião Bocalom de que não houve prestação de contas dos convênios da construção de creches em sua gestão. “Se não tivesse prestação de contas, as creches não estariam funcionando e recebendo recursos do Fundeb. Construímos 14 creches e todas elas estão funcionando. É muito fácil vir aqui e inventar uma mentira de que não houve prestação de contas”.
Sobre a alegação da atual gestão de que há impedimento legal para trabalhar nas Ruas do Povo, ele fez um questionamento: “Se o Bocalom não quer trabalhar nas Ruas do Povo, ele vai trabalhar nas ruas de quem?”. O candidato disse que a sua posição é clara: não importa quem fez as ruas, ele vai cuidar de todas elas.
Ainda sobre outra afirmação de Bocalom, de que ele derrubaria o projeto 1001 Dignidades, respondeu que não teria como dar continuidade em um projeto que não saiu do papel. “Nós vamos rever o programa para trazer ele para as normas técnicas, mas não vamos construir 1001 casas em um dia”.
Sobre a atual situação da mobilidade urbana e transporte coletivo em Rio Branco, Marcus Alexandre disse que para se resolver o problema é preciso reconhecer que ele existe. “A atual administração acha que tá tudo bem, só esqueceu de perguntar para quem está na parada de ônibus esperando”.
De acordo com ele, a situação piorou muito, com a frota caindo de 180 para apenas 80 ônibus e com o fechamento de três terminais de integração de um total de cinco. Como propostas, ele disse que vai de imediato licitar uma ou duas novas empresas, construir um novo terminal no Segundo Distrito e reabrir todos os terminais de integração. “O nosso plano é melhorar a situação que está aí, reconhecendo que o transporte piorou muito”.
A respeito da disputa ideológica entre a direita e a esquerda, o candidato disse que os problemas da cidade não têm ideologia. “Não é esse debate que vai resolver os problemas de Rio Branco”. Sobre se está no MDB por oportunismo, afirmou que iniciou um novo ciclo na sua carreira política e perguntou se seria capaz de “dar uma volta” nas lideranças históricas do partido. Disse também que vai cumprir os quatro anos de mandato, sem a intenção de disputar outro cargo em dois anos.
“Nossa caminhada vai ser propositiva, não vou ficar caindo em provocação e nem atacando ninguém, não vou perder tempo para discutir aquilo que não é a prioridade, os problemas da cidade”, conclui o candidato no espaço reservado para as considerações finais.
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