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“Se não for o Bocalom, muitas obras, como 1001 Dignidades, eles vão derrubar”, diz prefeito na sabatina do ac24horas

Por
Raimari Cardoso

O ac24horas estreou nesta segunda-feira, 19, a série de sabatinas com os quatro candidatos à Prefeitura de Rio Branco. Definido por sorteio, o primeiro entrevistado foi o atual prefeito e candidato à reeleição, Tião Bocalom (PL). Nos próximos três dias, pela ordem, os sabatinados serão: Marcus Alexandre (MDB); Dr. Jenilson (PSB); e Emerson Jarude (NOVO).


As sabatinas são sempre mediadas pelo jornalista Marcos Venícios, com perguntas dos colunistas Luís Carlos Moreira Jorge, do Blog do Crica; Astério Moreira, da Coluna do Astério; e do jornalista Leônidas Badaró. Cada um deles – exceto o mediador – faz 4 perguntas ao candidato sabatinado, uma em cada rodada.


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As perguntas foram divididas em quatro rodadas (temas), sendo a primeira: saúde e educação; a segunda: infraestrutura e geração de emprego: a terceira mobilidade urbana e transporte coletivo; e na quarta rodada, o tema é livre. Entre a terceira e quarta rodada, o candidato responde uma pergunta feita por um popular.


FOTO: SÉRGIO VALE

Prefeito de Acrelândia por três vezes, o primeiro convidado, Tião Bocalom, tem 71 anos, foi eleito prefeito de Rio Branco em 2020, é pai de dois filhos e avô de três netos. Na abertura da sabatina, no tempo de cinco minutos disponibilizado para o candidato falar livremente de suas propostas, Bocalom optou por lembrar as melhorias obtidas no mandato em curso.


De acordo com ele, havia muita coisa para arrumar em Rio Branco, o que sua administração fez, segundo a sua opinião, dando destaque para a estrutura da Emurb, que ele diz que faz um grande trabalho na capital; o Alvará Imediato; melhorias da Secretaria de Infraestrutura e na Educação; citando o último dado do Ideb como resultado disso; além de assistência às pessoas nas enchentes.


FOTO: SÉRGIO VALE

Na primeira rodada de perguntas, com a temática saúde e educação, o jornalista Leônidas Badaró abordou problemas da presença de dependentes químicos no centro da cidade, um claro problema de saúde, que Rio Branco enfrenta. Bocalom disse que o problema é comum a muitas cidades grandes brasileiras e que a prefeitura está enfrentando a situação.


“Já melhoramos, mas vamos melhorar mais no próximo mandato. Os moradores de rua nunca tiveram alimentação, nós estamos dando alimentação para eles. Estamos atrás de preparar um projeto para o futuro de que a gente possa também dar a condições deles dormirem durante a noite e não ficarem perambulando pela rua. Quanto à saúde, nós compramos uma van só para fazer atendimento médico dessas pessoas”, frisou.


Sobre a educação, o colunista Luís Carlos Moreira Jorge lembrou que Rio Branco teve redução de matrículas escolares enquanto o atual prefeito anunciou uma viagem à Disney e à Nasa para crianças e adolescentes. O candidato voltou a argumentar que o problema não é de Rio Branco e disse que as viagens vão estimular as crianças com aquilo que elas mais querem.


Ainda sobre educação e saúde, respondendo pergunta do colunista Astério Moreira sobre saneamento, Bocalom afirmou que assumiu, há dois anos, um sistema de água e esgoto falido que estava preparado para ser privatizado.


“Não deixei privatizar. Elevamos a oferta de esgoto de 2% para 7% e no segundo mandato pretendemos aumentar para 40%. A outra coisa é chegar com mais água tratada para a população. Hoje atendemos 70% e pretendemos chegar a 90% da população.


Na segunda rodada, sobre infraestrutura e geração de emprego, Bocalom respondeu sobre a polêmica das Ruas do Povo, projeto do ex-governador Tião Viana, que vai gastar aproximadamente R$ 20 milhões para prestar contas com o Ministério das Cidades.


Sobre as 1001 casas em apenas um dia, promessa que Bocalom não cumpriu, ele disse que as casas estão sendo produzidas e que um convênio foi firmado com o Ministério das Cidades para as obras de infraestrutura do local onde as casas, segundo ele, serão construídas. “No ano que vem a gente vai entregar essas casas”, garantiu.


FOTO: SÉRGIO VALE

Na terceira rodada de perguntas, Bocalom foi questionado por Leônidas Badaró sobre a questão dos ônibus em Rio Branco, diante da opinião de que o serviço prestado na capital piorou muito, e ainda porque a licitação para expandir a oferta de coletivos se arrasta há anos sem uma solução. O candidato e atual prefeito disse que baixou o preço da passagem e a mantém baixa mesmo com a alta do preço do combustível.


Segundo ele, a situação atual está melhor do que no passado e que os usuários dos serviços comprovam isso. Sobre a licitação, ele voltou a argumentar que é um problema do Brasil inteiro e que deveria ter acontecido na gestão de Marcus Alexandre. “Há um relatório da época que ele assumiu que era o pior que podia existir. Quem é da oposição não tem moral para criticar”, esbravejou.


Na rodada de tema livre, as perguntas trouxeram à tona dois temas históricos da trajetória de Tião Bocalom, o lema “Produzir para Empregar” a “Vaca Mecânica”. Quanto ao primeiro, ele foi perguntado por que o acreano ainda não está comendo feijão e arroz produzidos aqui, e ao segundo, por onde anda o tão falado projeto de produzir leite de soja no Acre.


Para as duas questões, Bocalom disse que sua gestão está trabalhando a estrutura para concretizar os projetos. A respeito do arroz e feijão, a partir do ano que vem a produção será realidade. Sobre a Vaca Mecânica, ele disse que o galpão já foi comprado e que o leite de soja também estará à disposição das pessoas que mais precisam também a partir de 2015.


Nas considerações finais, ele afirmou que foi o melhor prefeito da história de Acrelândia após três mandatos. “Em Rio Branco, se não for o Bocalom muitas dessas obras, principalmente, o 1001 Dignidades, eles vão derrubar. Eu espero que você nos dê essa oportunidade. Nós vamos administrar Rio Branco para a população”, concluiu.


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