O objetivo do artigo de hoje é o de informar aos leitores da coluna como andam os preços no Acre, mais especificamente na sua capital, Rio Branco. O município é dos que se juntam a outros e várias regiões metropolitanas, formam o conjunto dos 16 locais onde o IBGE calcula o índice para o Brasil. Além de Rio Branco, a pesquisa é realizada mensalmente, também, em São Luís, São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Belém, Brasília, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Campo Grande, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Aracaju e Salvador.
O indicador escolhido para a análise é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias. Conforme o IBGE, a coleta é realizada em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e internet. Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas das 16 regiões, incluindo Rio Branco.
Embora vamos centrar nossa análise no s 7 primeiros meses do ano, é importante observar que Rio Branco, em julho apresentou a maior inflação de julho, com índice de 0,53%, seguida por São Luís (Maranhão) e por São Paulo, com 0,52%. E o menor IPCA foi em Aracaju (Sergipe) e em Salvador, com 0,18%.
Porém, no ano (janeiro a julho), o IPCA de Rio Branco acumula alta de 2,28%, valor 0,59 ponto percentual abaixo do IPCA Brasil que ficou em 2,87%. É a segunda menor inflação acumulada no ano, ficando abaixo de Brasília que acumula 2,21%.
Dos oito Grupos pesquisados em Rio Branco, 5 obtiveram uma variação maior que o índice geral (habitação, artigos de residência, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais e educação).
O primeiro maior peso na composição do índice, o grupo de alimentação e bebidas variou 2,08% e o segundo maior, o grupo de transportes variou 1,30%, ambos abaixo do índice geral. No entanto, como esses grupos têm um peso de quase 50% no índice geral, são os grandes responsáveis pela alta dos preços no ano, em Rio Branco.
A variação acumulada de todos os oito grupos pesquisado com os respectivos pesos de cada um, contam na tabela a seguir.
Preço da gasolina e o maior responsável pela inflação
Na tabela a seguir, contam os principais produtos e/ou serviços com maiores e menores variações de preços, acumuladas no ano dos 2 grupos com maiores pesos no índice geral, ou seja, o grupo de alimentação e bebidas e o de transportes, aqueles que incidem diretamente no dia a dia do trabalhador que precisa se alimentar e se locomover pela cidade.
Os preços, principalmente o dos alimentos, estão dessazonalizados. Para o IBGE, a sazonalidade é um fator que pode influenciar na medição de preços de determinados bens e serviços em períodos específicos. Deste modo, ter uma versão do IPCA removendo o componente sazonal é uma maneira de enxergar a tendência real de mudança nos níveis de preços.
No grupo de alimentação e bebidas, a batata foi o subitem com a maior alta de preço entre os produtos compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período. Em 7 meses, o seu valor subiu em média 39,05%. Em seguida veio o alho, com 34,16%. Dentre o que tiveram uma variação negativa, destaque para o limão que teve o seu preço reduzido em 30,73%, seguido pela banana-comprida com queda de 22,77%.
Já no grupo de transportes, a gasolina foi o subitem com maior alta de preços, com um aumento de 7,37%, seguido pelas passagens dos ônibus urbanos que aumentaram 7,36%. Os principais subitens que tiveram queda do grupo foram: as passagens aéreas (29,57%) e os ônibus interestaduais.
Apesar da batata ser o subitem que mais subiu no período, a gasolina foi o produto que mais impactou o índice no período. O combustível subiu 7,37% em 7 meses, com peso de 6,10% no peso do total. O item faz parte do grupo Transportes, que subiu 1,30% no período e teve o maior peso no índice geral de inflação, seguido pelo grupo de alimentação.
A variação positiva dos 20 produtos, dos dois grupos listados na tabela acima representaram quase 20% da inflação de Rio Branco para o período.
Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas
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