Um levantamento do Infoamazonia aponta que nove em cada 10 terras indígenas na Amazônia foram atingidas pela seca em julho deste ano. No Acre, ao menos 20 TIs sofrem com seca de nível “severo”, distribuídas por todo o Estado, mas na região de fronteira com o Peru e no Vale do Juruá, a situação é pior.
No Vale do Acre, a Terra Indígena Mamoadate vive uma seca de nível “moderado”. O Infoamazonia utilizou dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e informes através de entrevistas com indígenas de comunidades afetadas.
Dos 388 territórios na região, 358 (92%) enfrentam o problema, que já impacta diretamente a rotina das populações indígenas. As comunidades têm enfrentado a necessidade de buscar água e alimentos, cruzando rios secos e percorrendo longos trajetos a pé.
Em julho do ano passado, 260 TIs foram atingidas, um número 37% menor do que o registrado no mesmo mês de 2024 na Amazônia.
O boletim de impacto da seca do Cemaden faz um alerta: “A projeção do Índice Integrado de Seca (IIS) para agosto de 2024 alerta para um agravamento da seca em diversas regiões do Brasil, com destaque para Amazonas, Acre, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais”.
Veja o mapa do Cemanden sobre a seca no Acre:
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