A apresentadora Poliana Abritta não conseguiu segurar a emoção no Fantástico deste domingo (11), dedicado às 62 vítimas da queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP) na sexta-feira. Ao anunciar uma reportagem sobre duas crianças que estavam a bordo, a âncora travou e precisou pedir desculpa duas vezes.
“Duas crianças estavam entre as vítimas”, começou ela, já com a voz embargada e quase inaudível. “Liz [Ibba dos Santos] ia passar o Dia dos Pais em Florianópolis… Desculpa”, pediu ela, que precisou respirar fundo.
“E Joslan [Perez] estava com a mãe e a avó a caminho da Venezuela. Pai… País de origem da família. Desculpa”, repetiu a âncora, visivelmente com dificuldades para não se deixar abalar.
Com Maria Júlia Coutinho de folga, Poliana ficou sozinha à frente de uma edição pesada da revista eletrônica, com reportagens para apresentar boa parte das histórias da tragédia, tanto de passageiros e tripulantes, quando de pessoas que não embarcaram por pouco.
Emoção à flor da pele
Poliana Abritta não foi a única âncora da Globo que se comoveu com o acidente aéreo. Sabina Simonato precisou segurar o choro no SP2 de sábado (10). Após o jornalista Philipe Guedes e a tenente Olivia Perrone Cazo informarem que todos os corpos já tinham sido retirados dos destroços, Sabina tinha uma expressão de pesar no estúdio. “Agradeço demais, Guedes, tenente Olívia também, pelo trabalho. Um bom trabalho pra vocês”, disse ela.
Em seguida, ela teve dificuldades para encerrar o programa –que cancelou a trilha de encerramento e optou pelo silêncio total. Imagens dos passageiros e da tripulação também apareceram nos telões do jornal.
“Muito triste, né, gente, essa cobertura, a gente fica com a voz embargada”, admitiu Sabina. “O SP2 termina aqui com fotos das vítimas dessa tragédia. Que Deus possa confortar o coração dessas famílias todas.”
A âncora respirou fundo antes de dizer suas últimas frases no ar. “As reportagens estão no Globoplay, e o Jornal Nacional começa às 20h hoje. Até mais”, finalizou ela, em tom sério.
Na sexta (9), César Tralli também havia compartilhado um drama pessoal durante a cobertura da tragédia no Edição das 18h, da GloboNews. Ele perdeu a mãe, Edna Tralli, em um acidente de avião em outubro de 2022.
“É uma dor que não vai embora nunca, você aprende a conviver com a dor. Eu perdi uma mãe num acidente aéreo não tem nem dois anos, eu sei o que é isso”, disse o apresentador.
“Você aprende a conviver com a dor, a superar. Vencer essa dor, não vence nunca. Que tudo seja feito o mais rapidamente possível para aliviar o sofrimento dessas famílias, dar acolhimento, assistência psicológica, o que for necessário fazer.”
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