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Muro que te quero muro

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

NA POLÍTICA, não há lugar para indecisão. Na neutralidade, estará se ajudando um adversário chegar ao poder. Quem definiu bem essa questão de “neutralidade” foi o Bispo da África do Sul, Desmond Tutu, um ícone no combate ao racismo, em sua famosa frase:” Se você é neutro em situações de injustiças, você escolhe o lado do opressor”. O político tem que ter lado. A deputada federal mais votada da última eleição, Socorro Neri (PP) -que foi humilhada no seu partido nas discussões sobre ter ou não candidato próprio à PMRB – já declarou que não apoiará, jamais, a candidatura do prefeito Tião Bocalom (PL), seu algoz em comentários sobre sua gestão na PMRB. Mas ficou, até aqui, em cima do muro sobre quem terá o seu apoio para a prefeitura da capital. Na política, a indecisão não é comportamento dos fortes. Mesmo porque a Socorro (foto) é uma campeã de votos. O eleitor que lhe segue precisa saber quem é o seu candidato a prefeito de Rio Branco. Marcus Alexandre (MDB)? Emerson Jarude (NOVO)? Ou Jenilson Leite (PSB)? A Socorro Neri não é nenhuma amadora, uma ingênua: sabe que ficou sem espaço no PP para tentar voos mais altos em 2026. E, para se posicionar a uma provável disputa majoritária em 2026, precisa descer do muro. A neutralidade não é bom para a sua imagem e nem para seu futuro político. E o muro é o pior dos abrigos. Afinal, com quem vai a Socorro Neri (PP) na disputa da prefeitura de Rio Branco?


ASSIM SE FAZ POLÍTICA


O DEPUTADO federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS) tomou uma posição pragmática na capital, a de levar o seu partido a apoiar a candidatura do Marcus Alexandre (MDB) a prefeito. Duarte é um político de direita, e não será a sua decisão que vai mudar seu pensamento ideológico. A disputa da prefeitura de Rio Branco não é ideológica, não é presidencial, mas uma eleição paroquial sobre os problemas da cidade. O resto é fanatismo político.


ENTRARÁ FORTE


CASO consiga aglutinar em torno da sua candidatura a vereadora parte do capital político do marido Minoru Kinpara, a Degmar Kinpara (PSDB) entra com chance de eleição na chapa para a Câmara Municipal de Rio Branco.


PERDE A BANDEIRA


O CANDIDATO a prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PP), ao colocar a ex-prefeita Marilete Vitorino (PP) de vice na sua chapa (Saiu desgastada da prefeitura), fica sem ter como atacar a gestão da prefeita Néia (PDT) – que não é essa Coca Cola toda – mas é melhor do que foi a gestão da Marilete. Sem dúvida.


CHUPANDO O DEDO


QUEM te viu, e quem te vê PCdoB! O partido sempre teve uma forte base eleitoral em Tarauacá, e foi rejeitado na escolha do vice do Rodrigo Damasceno (PP). Ficou chupando o dedo e será mero cabo-eleitoral da chapa. Se quiser. Os tempos são outros.


NO MATO SEM CACHORRO


O SENADOR Sérgio Petecão (PSD) deve optar por não apoiar ninguém em Tarauacá. A prefeita Néia (PDT), ele não quer nem ouvir falar o nome. E com o Rodrigo Damasceno (PP) – que já tem grupo formado para 2026 – também não ganhará nada no apoio.


NÃO DÁ MAIS AUTÓGRAFO


O ELEITOR na faixa dos 30 anos não conheceu a gestão do Jorge Viana, que deu outra cara a Rio Branco, tendo desfavelado a cidade. O JV está caindo na mesma esparrela que condenava nos adversários, de só aparecer na época das campanhas políticas. Abandonou a aldeia. Ele tem que colocar na sua cabeça que, seu tempo de dar autógrafo longe se vai.


NÃO É MAMÃO MEL


O JV vem de duas derrotas – para o governo e para senador – e nem pense que a disputa de uma das duas vagas para o Senado em 2026, será como tomar picolé de criança. Nem mamão com mel.


ACABOU COM O DISCURSO


O QUE mais destemperou o discurso de esquerda contra direita, que o senador Márcio Bittar (UB) vinha pregando na eleição da capital, foi a entrada do deputado federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS), na aliança que apoia o candidato a prefeito Marcus Alexandre (MDB). Uma água fria jogada na fervura.


POUPADO NA CAMPANHA


É DECISÃO partidária: na campanha para a PMRB o MDB não vai fazer ataques ao governador Gladson Cameli. Argumento: a disputa é pela PMRB e o Gladson não é candidato.


TETO DE UM


DANDO uma olhada na chapa do REPUBLICANOS para vereador de Rio Branco dá para arriscar que, o teto é para eleger um. Eleger dois vereadores, seria ponto fora da curva.


UM DOS FAVORITOS


O PREFEITO de Assis Brasil, Jerry Corrêa (PP), está na cota dos favoritos para vencer a eleição. Jerry se elegeu pelo PT e foi cooptado pelo governador Gladson, dando um chute no PT.


DIAS DECISIVOS


DIA 15, na próxima quinta-feira, começa a liberação pela justiça eleitoral para os candidatos colocarem as campanhas nas ruas. Serão 45 dias de campanha decisivos, que é quando se começa a desenhar o vencedor da disputa pela PMRB.


TEMPORADA DE FAKE


COM a campanha na rua, deve começar também a publicação de pesquisas com números forjados por institutos desconhecidos, para ver se inverte uma situação desfavorável. O que não modifica o cenário e ainda é crime eleitoral. A justiça eleitoral deve ficar de olho.


FICHAS JOGADAS


AS fichas da vice-governadora Mailza Assis estão sendo jogadas nos bastidores na candidatura do Gilson da Funerária (PSD), para a prefeitura de Senador Guiomard.


UMA DAS MELHORES


A SAFRA de candidatas mulheres que brigam por vagas na Câmara Municipal de Rio Branco, é uma das mais qualificadas das últimas eleições. Não será surpresa se ficarem com cinco cadeiras.


VIRAVAM LARANJA


EM eleições passadas as mulheres eram em sua maioria laranjas, para preencher as vagas exigidas em cada chapa. O panorama mudou neste pleito.


OS UNGIDOS


A FEDERAÇÃO PT-PCdoB-PV tem os seus ungidos, nos quais vai descarregar o grosso do apoio dos partidos: no PCdoB, Márcio Batista: no PT, André Kamai; e no PV, Shirley Torres. Seus dirigentes acham que elegem dois vereadores.


JUNTOS E MISTURADOS


O UNIÃO BRASIL -partido de direita – e o PT, estarão juntos e misturados na eleição para a prefeitura de Feijó. O União com o candidato a prefeito Cadmiel Bonfim; e o PT, com o Francimar Fernandes de vice na chapa. Nem por isso, o mundo vai acabar.


ESTRUTURA PODEROSA


QUEM tem uma estrutura poderosa de apoio dentro da Secretaria de Saúde, tendo o secretário Pedro Pascoal de cabo-eleitoral, é o Aiache, que disputa pelo PP um mandato de vereador.


NÃO ESPEREM GRANA


OS CANDIDATOS a prefeitos espalhados pelos municípios que esperam dinheiro do governador Gladson para jogar na campanha, podem ir tirando o cavalo da chuva. A notícia vem de uma excelente fonte. Os candidatos que tratem de se apegar ao Fundo Eleitoral.


CPF


O GOVERNADOR Gladson Sabe que por conta da sua situação jurídica no STJ, vão estar de olho no seu CPF.


FRASE MARCANTE


“Não arriscar nada é arriscar tudo.” Césare Cantú.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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