Terminou na última sexta-feira (2/8) o prazo estipulado pelo Novo Marco do Saneamento Básico (lei 14.016 de 2020) para que todos os municípios do Brasil deem destinação correta ao lixo urbano. No entanto, pelo menos 1.593 cidades ainda depositam resíduos em lixões a céu aberto segundo os dados mais recentes, que são referentes a 2022.
Além dos municípios com lixões, há outros 636 que contam aterros controlados. É um meio-termo entre lixão e aterro sanitário, em que o lixo é coberto por terra. Também é considerado um método inadequado. Dessa forma, são 2.229 cidades que depositam lixo de irregular.
Os números são do SNIS (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico) de 2023, com base em dados de 2022. A área responsável por resíduos sólidos é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente a partir da autodeclaração de cada prefeitura –apesar de o SNIS ser vinculado ao Ministério das Cidades. No entanto, 256 delas não informaram seu método de disposição de resíduos sólidos.
Já os aterros sanitários são usados por 3.085 cidades. É o único método considerado adequado, uma vez que além dessas estruturas serem cobertas, há impermeabilização do solo e captação dos gases emitidos pela decomposição dos resíduos.
Conforme dados do Ministério Público, existem atualmente 5 (cinco) aterros sanitários em operação no estado do Tocantins, sendo 3 públicos (Palmas, Couto Magalhães e Gurupi) e 2 privados (Araguaína e Porto Nacional)
Pelo menos 18 municípios realizam a disposição nestes aterros. Outros 121 municípios ainda fazem a disposição dos resíduos em lixões.