O apresentador Marcos Mion, de 45 anos, passou por uma juventude conturbada. Segundo o próprio, “desde cedo há sofrimento em sua vida”. Em recente entrevista à GQ, ele relembrou como a morte de seu irmão, Marcelo, e de seu melhor amigo, Carlos, o traumatizou e o fez lidar com um quadro de depressão.
Marcelo, irmão mais velho de Marcos Mion, morreu aos 18 anos, em 1993, após cair do vão do MASP, em São Paulo, enquanto comemorava a aprovação no vestibular de Medicina. Pouco tempo depois, o apresentador perdeu seu melhor amigo em um acidente de carro, segundo ele, Carlos morreu em seus braços. Tudo isso o levou a um período que chama de ‘de depressão e trevas’.
“O luto é proporcional ao tamanho do amor, e não acaba. O tempo não cura, mas amortece. É como andar com uma pedra pesada em um dos bolsos. No começo ela incomoda; faz andar meio torto. Depois você vai se acostumando, mas a pedra segue lá. Lembro até hoje quando percebi que tinha vivido exatamente o mesmo tanto que meu irmão viveu e eu não havia vivido absolutamente nada”.
Em uma espécie de ajuda mútua, o artista ajudou seus pais a lidar com a morte de Marcelo e vice-versa.
“Minha mãe diz que só conseguiu lidar com a perda de um filho e levantar todos os dias da cama por causa de seu amor por mim. Ela estava devastada, mas queria que eu sempre visse os olhos dela sorrindo […] e eu desejava replicar esse amor, passar adiante o que sabia; queria conquistar a mesma família dos meus pais, mesmo que marcada por uma tragédia. Tinha 13 para 14 anos quando meu irmão morreu. Aos 16, já cultivava uma obsessão por virar pai antes dos 20. Eu era intenso, achava que morreria no dia seguinte”.
Marcos Mion, ainda na juventude, conheceu Suzana Gullo. Os dois oficializaram a união em 2005. Para ele, apesar de serem de mundos diferentes, foi a paixão pela família que os uniu de forma tão sólida.
“Eu era mais intelectual; ela, do mundo fashion, da ‘high society’, mas vivemos uma trajetória similar. Ela tem os pais juntos até hoje e um irmão que sofreu um acidente e não fala nem anda; passou por um amadurecimento precoce. Eu não a pedi em casamento, pedi para me dar um filho E ela deu. Não um, mas três: Romeo, 19, Donatella, 15, e Stefano, 14”.
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