O nível do Rio Acre atingiu 1,43 metro na manhã deste domingo, 4 de agosto, na capital acreana, de acordo com mediação feita pela Coordenadoria de Defesa Civil Municipal (COMDEC) e está a apenas 18 centímetros acima da menor marca histórica, que foi de 1,25 metro, registrada em setembro de 2022.
Toda a Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo para seca, agravado em razão da falta de chuvas na região, situação que já perdura há mais de um mês, levando o governo do Acre a declarar, no último dia 11 de junho, situação de emergência em todo o estado. A medida está prevista no Decreto Estadual nº 11.492, publicado no Diário Oficial do Estado e vigora até 31 de dezembro.
A coordenação e a articulação interinstitucional dos órgãos e entidades estaduais para a definição de estratégias de prevenção e de combate ao desmatamento e incêndios são de responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
A seca já afeta o fornecimento de água e compromete diversas atividades econômicas e sociais. O decreto leva em consideração o impacto severo da seca, que se intensificou no primeiro semestre deste ano e a iminente possibilidade de desabastecimento do sistema de água.
A falta de água também impacta diretamente municípios e aldeias indígenas, com risco de isolamento, devido à falta de navegabilidade dos rios, prejudicando atividades como abastecimento de mercadorias, transporte escolar e acesso a serviços de saúde e outros.
No dia 28 de junho, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também assinou um decreto de emergência em razão do baixo nível do Rio Acre e da falta de chuvas.