O primeiro ouro conquistado pelo Brasil nas Olimpíadas de Paris é de Beatriz Souza! Nesta sexta-feira, a judoca brilhou, impressionou o público e alcançou o topo do pódio ao derrotar as duas primeiras colocadas do ranking mundial.
Originária de Itariri, no interior de São Paulo, ela era uma criança cheia de energia. Para ajudar a controlar sua hiperatividade, começou com natação, mas não se adaptou. Foi então que seu pai, um ex-atleta de judô, sugeriu que ela experimentasse o esporte dos tatames.
Bia se apaixonou imediatamente pelo judô e nunca mais se afastou dos treinos. Aos 13 anos, deixou a casa dos pais para buscar sua carreira no esporte na capital paulista e desde então tem alcançado grandes conquistas.
Com 26 anos, Bia já é uma das melhores judocas do mundo, com medalhas em três Mundiais consecutivos: uma prata em 2022 e dois bronzes em 2021 e 2023.
Curiosamente, sua estreia nas Olimpíadas foi adiada por conta de uma rival antiga que agora é sua treinadora.
Embora Bia estivesse no topo do ranking para Tóquio 2021, Maria Suelen Altheman também estava. Suelen é uma das maiores judocas do Brasil e conseguiu a vaga para aqueles Jogos.
Bia fez uma promessa para si mesma:
“Eu prometi que não iria sentir novamente a frustração de não participar das Olimpíadas.”
O destino fez com que Maria Suelen se tornasse treinadora no Pinheiros, o clube onde Bia treina. Juntas, elas realizaram o sonho olímpico de Bia e agora retornam para casa com a medalha de ouro!
Beatriz Souza se emociona após conquistar ouro
A judoca Beatriz Souza não conseguiu conter as lágrimas ao conquistar o ouro na categoria acima dos 78 kg nesta sexta-feira.
Ela fez história como a primeira brasileira a alcançar o topo do pódio nos Jogos de Paris e, após a vitória, dedicou sua medalha à avó que faleceu recentemente.
A pedido de Bia, sua família não viajou para a França para acompanhá-la durante as Olimpíadas. Em uma entrevista após a final, ela se emocionou ao ver seus parentes por videoconferência e recordou a avó que perdeu recentemente.
“Eu consegui. Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi para a vó. É para a vó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo, obrigada“, declarou a atleta ao SporTV.
Motivada pelo pai, também ex-atleta de judô, Bia deixou sua cidade natal, Itariri, no interior paulista, aos 13 anos para buscar seu sonho na modalidade. Na final, ela derrotou a israelense Raz Hershko. Emocionada, Bia comentou sobre os desafios que enfrentou ao longo de sua carreira.
“Eu apenas fiz o que treinamos todos os dias. E quando digo que é uma vida dedicada a um dia, é verdade. Conquistar isso, trazer a medalha, ser campeã olímpica, faz todo o sacrifício valer a pena. Abrir mão de tudo que eu abri valeu muito a pena“, concluiu.