A dupla Henrique e Juliano se recusou a participar do tributo à Marília Mendonça (1995-2021) organizado pelo Spotify. Em pronunciamento, Henrique informou que a dupla prestou todas as homenagens à cantora enquanto ela ainda estava viva e que agora, que já foi recusado o convite, não há como voltar na palavra.
“De jeito nenhum a gente participaria desse evento [organizado pelo Spotify]. Primeiro: a gente sempre acreditou que homenagem se presta em vida. Tenho certeza de que quem acompanhou a história da Marília Mendonça, quem acompanhou a história do Henrique e Juliano, viu que nós fizemos todas essas homenagens para ela em vida”, disse o cantor, em declaração à página Sertanois Sertanejo.
Henrique ainda insinuou que algo ocorreu nos bastidores do convite e que isso influenciou a decisão. “Tem algumas coisas nos bastidores assim… De como surgiu esse convite, que é melhor nem entrar nesse tema. Não estamos confortáveis em fazer parte disso. Prefiro manter a história que a Marília escreveu viva do que escrever uma nova história, do que passar em cima disso, isso a gente não vai fazer”.
Estão confirmados para participar do ‘This Is Marília’, do Spotify, artista consolidados da música nacional, como Alok, Ludmilla, Jão, Luísa Sonza, Luiza Martins, Zé Neto & Cristiano, Murilo Huff, Péricles e Yasmin Santos. Henrique, mesmo fora do projeto, não condenou os colegas por aceitar o convite do streaming.
Além de Henrique e Juliano também não participarão do projeto a dupla Maiara e Maraisa, amigas íntimas de Marília Mendonça. A recusa das duas, inclusive, fez com que Dona Ruth, mãe da Rainha da Sofrência, deixasse de segui-las nas redes sociais. O irmão de Marília, João Gustavo, repetiu o ato da mãe e ainda criticou as cantoras: “Nesse momento vemos quem está com a gente e quer fazer que esse legado continue. Deixar de seguir fala por si só”.
A morte de Marília Mendonça e seus desdobramentos
Em outubro de 2023, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito do acidente aéreo que matou a cantora e mais quatro pessoas em novembro de 2021. Os investigadores confirmaram que a queda do avião foi causada por erro dos pilotos Geraldo Martins de Medeiros Junior e Tarcísio Pessoa Viana.
“A tripulação, por circunstâncias até então não justificáveis, atuaram com negligência e com imprudência”, disse Ivan Lopes Sales, um dos delegados da investigação. A polícia atribuiu o crime de homicídio culposo aos pilotos, mas pediu o arquivamento por conta da morte de todos os que estavam a bordo.
Segundo o delegado, não era obrigatório que as torres tivessem sinalização, além disso existiam protocolos a serem executados, como o levantamento de obstáculos no trajeto, o que não foi realizado. Em caso da não execução, o voo deveria seguir em passagem baixa, o que também não foi feito.
Sales ressaltou ainda que existiam documentos que possibilitavam a identificação das torres, além do EGPWS, um equipamento que emite sinais sonoros quando há a proximidade de morros e obstáculos.
“É fato que esse equipamento pode ser desligado pelos pilotos, porque na medida em que a aeronave chega para a aproximação e vai se aproximando do solo, começa a ter esses avisos. A aeronáutica não conseguiu chegar nessa informação, em razão da deterioração da aeronave, se eles desligaram ou não”.
A polícia também descartou a possibilidade de crime ambiental pelo vazamento de combustível do avião.
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