Nesta quinta-feira, 1, em Cruzeiro do Sul, foi lançada no Acre a Operação Shamar, uma iniciativa estratégica coordenada pelo Ministério da Justiça em parceria com as secretarias de Estado de Segurança Pública, polícias Militar e Civil dos estados.
Em 2023, o Acre foi classificado entre os quatro estados mais violentos para mulheres, empatado com Rondônia e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil habitantes, e atrás apenas de Mato Grosso, com 2,5 mulheres mortas por 100 mil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em 2024, o estado acreano já tem cinco vítimas de feminicídio, a metade dos casos registrados no ano passado. Nos últimos sete anos, 74 mulheres foram assassinadas no Acre, segundo dados apresentados pela ferramenta Feminicidômetro, do Ministério Público do Acre (MPAC).
A Operação “Shamar”, termo que em hebraico, significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar”, visa combater a violência doméstica e familiar contra a mulher e prevenir feminicídios em todo o país.
No evento de lançamento no Acre, a titular da Secretaria da Mulher (Semulher), Márdhia El-Shawwa, disse que as ações serão replicadas em todos os municípios do estado como forma de combater a violência de gênero e retirar o Acre do ranking de feminicídio.
“Já estamos em conversa com o Senado para trazer cursos, para que tenhamos autonomia financeira das mulheres, para que elas não fiquem no relacionamento abusivo por falta de ter como se manter, de sustentar, sustentar a sua família”, afirmou.
O governador Gladson Cameli disse que cuidar das pessoas é a filosofia do seu governo. Reconheceu que os números ainda trazem desafios ao Acre, mas vestido com as cores da campanha “Agosto Lilás: Feminicídio Zero”, afirmou que as ações estão sendo cada vez mais intensificadas.
“O que eu puder fazer para dar apoio, para incentivar essas campanhas, vou fazer. É violência zero. Nós temos que cuidar das pessoas, construir pontes”, reforçou.
As informações sobre o lançamento da Operação Shamar são da Agência de Notícias do Acre.