Café é a grande estrela da Expoacre Juruá 2024 em Cruzeiro do Sul

Além de itens tradicionais como a farinha de mandioca, o café é uma estrela da Expoacre Juruá 2024 em Cruzeiro do Sul. As 5 marcas do mercado estão na feira e uma delas está atraindo muita gente com a possibilidade de ganho de R$ 1 mil.

A AS Cruzeiro, Nauas, a Aroma, Vô Raimundo e o Vovó Pureza estão no local divulgando seus produtos. A Vovó Pureza foi além e vai sortear R$ 1 mil , no domingo, 4, para quem tiver depositado o cupom na urna.

A estudante universitária Ingrid Braga, quer ganhar.”O café é bom e a gente ainda pode ganhar esse dinheiro. Claro que depositei meu cupom na urna”, conta.

Celso Lima, o dono do café Vovó Pureza, no mercado há 20 anos, diz que a Feira é ideal para divulgar a marca e por isso resolveu atrair mais público com o sorteio do dinheiro. “Vamos entregar o dinheiro na hora do sorteio no domingo à noite “, relata ele, que aproveita a Expoacre para comprar e vender. ” Eu divulgo , vendo e também quero comprar café dos produtores. Quem tiver café eu compro “, enfatizou

Benefícios

A importância do café na economia do Vale do Juruá e do Acre foi ratificada com termo de acordo firmado nesta quinta-feira, 2, na Expoacre Juruá 2024, em Cruzeiro do Sul. O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia -Seict, beneficiou os produtores de café da Coopercafé com a concessão de incentivo tributário na modalidade de financiamento direto ao contribuinte.

O incentivo faz parte das ações da Comissão da Política de Incentivo às Atividades Industriais do Estado do Acre – Copiai, órgão vinculado à Seict, e assegura nível de redução de 95% dos saldos devedores do ICMS próprio, regulado pela Lei n° 1.358/2000. O protocolo operativo foi assinado pelo titular da Secretaria de Fazenda ,José Amarísio Freitase Jonas de Souza Lima, representando a Cooperativa dos Cafeicultores do Vale do Juruá.

“Cumprimos uma determinação do governador Gladson Cameli, visando o desenvolvimento do setor industrial. A entrada da Coopercafé na Copiai é uma demonstração de que este setor acredita na política econômica do estado. A proposta é melhorar o ambiente de negócios”, acrescentou.O titular da Seict, Assurbanipal Mesquita.

O representante da cooperativa, Jonas Lima Souza, parabenizou o governo pela iniciativa afirmando que a decisão de incentivo fiscal foi um ato social. “Noventa por cento dos nossos cooperados são da agricultura familiar. Abrindo mão do imposto, o governador Gladson Cameli afirma que acredita no nosso potencial e na geração de riquezas”, enfatizou Lima.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária, Assuero Veronez, disse que o agronegócio é o grande responsável pela produção da matéria-prima. “Esse processo sai do agro e vai para a indústria”, exemplificou. Ainda de acordo com Veronez, o movimento na cultura do café no Juruá fomenta a produção em escala de um produto que há anos não existia na região.

“A indústria foi agregando valor. Hoje, o Acre avança em um café com mais qualidade. A perspectiva de mercado para o café é global. O Estado acerta quando incentiva o pequeno produtor trazendo renda. Assistimos a uma mudança expressiva nos últimos dois anos. Se constrói políticas para a melhoria da qualidade de vida do produtor”, acrescentou o representante da Faeac.

Com 1.060 hectares plantados, em 2024 foram colhidas 6,2 mil sacas de café somente pelos produtores do Juruá. A previsão para 2025 é de colheita de 30 mil sacas.

Cruzeiro do Sul vai ganhar Complexo Industrial de Café

Em Mâncio Lima está sendo construído um complexo industrial do café e Cruzeiro do Sul vai ganhar um empreendimento similar. O presidente da Coopercafé, Jonas Lima, conta que a unidade industrial será erguia em um terreno foi doado pela prefeitura de Cruzeiro do Sul. “Nós estamos recebendo ali no parque agora um terreno para a gente ampliar a nossa indústria. Nós temos uma indústria construída no município de Mâncio Lima e vamos construir a segunda aqui no Parque. Então, a de Manso Lima hoje tem 11 sacadores e peneiras desse métrico é para separar o café para deixar no ponto de exportar. A daqui vai ser em outra modalidade. Aqui vai ser a parte da industrialização que vai para a mesa do consumidor final . Este ano nós colhemos 6.200 sacas de café No ano que vem, nós vamos colher aqui em torno de 30 mil sacas de café aqui na região”, contou.