Em mais uma edição do Boa Conversa, transmitido pelo ac24horas nesta sexta-feira, 2, a semana política no Acre foi passada a limpo pelos jornalistas Marcos Venicios, Luís Carlos Moreira Jorge e Astério Moreira.
As alianças políticas no estado foram tema de análise dos cronistas políticos. O viés ideológico que se tenta emplacar na eleição de Rio Branco foi criticada. Luís Carlos Moreira Jorge disse que o discurso ideológico da capital não se aplica nas alianças no interior e lembrou a atuação do senador Márcio Bittar (União Brasil) que se hoje se apresenta como uma das principais figuras da direita no estado.
“Esse discurso não se sustenta. Se aqui em Rio Branco, o senador prega a disputa entre a esquerda e direita, em Cruzeiro do Sul, por exemplo, está no mesmo palanque de Jorge Viana do PT e Edvaldo Magalhães do PCdoB”, disse Crica.
As recentes declarações do Senador Márcio Bittar que fez críticas ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, quando o mesmo esteve no Acre, também foram analisadas. Os colunistas lembraram a coincidência da investigação sobre o orçamento secreto tenham sido atribuídas ao ministro Flávio Dino, ex-ministro da Justiça de Lula. Dino já pediu o rastreamento das emendas na época em que Bitrar foi o relator do orçamento. Bittar foi criticado à época pela destinação de recursos para outros estados. Por decisão de Flávio Dino, a partir de agora, deputados e senadores só poderão destinar recursos para os estados pelos quais foram eleitos.
A enxurrada de pesquisas na capital e também no interior ao longo da semana também foi analisada pelos jornalistas.
Em Sena Madureira, na opinião dos articulistas políticos, os números, que apontem Gerlen Diniz, com mais de 50%, mostra a consolidação do deputado federal na disputa pela prefeitura do município, o que obrigou o atual prefeito, Mazinho Serafim, líder do grupo político da situação, decidir trocar de candidato e substituir o vereador Alípio Gomes pelo deputado estadual Gilberto Lira.
“Mazinho tinha certeza que vereador Alípio não decolaria, não restava outra alternativa. O atual prefeito está jogando tudo na campanha. Agora se Gilberto Lira vai modificar, vamos aguardar as pesquisas as novas pesquisas”, disse.
Astério Moreira destacou a habilidade política de Serafim. “Não se pode subestimar o Mazinho, saber fazer política como poucos, mas é uma tentativa de salvar o barco que está afundando, é muito difícil mudar o panorama, são oito anos de gestão, o que faz com que haja um desgaste natural”, frisou.
Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, a pesquisa também foi analisada. Na capital do Juruá, a disputa é polarizada entre o atual prefeito, Zequinha Lima, e a ex-deputada federal Jéssica Sales, que também aparece com mais de 50% das intenções de votos.
“Esse número alto da Jéssica vem se repetindo desde o início da campanha. O engraçado é que todo mundo com quem converso de Cruzeiro do Sul diz que o Zequinha não é mau prefeito, mas mesmo assim a Jéssica está na frente”, disse Moreira Jorge.
Outro fator da eleição de Cruzeiro do Sul discutido no programa é em relação ao atual prefeito Zequinha contar com o apoio do governo, presidência da Aleac e a grande parte da bancada federal de deputados e senadores. “Tem o apoio de todo mundo, tem uma estrutura muito forte, mas a Jéssica tem a simpatia, a história de luta pela vida quando teve câncer, pode ter perdido a eleição por causa da legenda, mesmo sendo muito bem votada, atrai a simpatia das pessoas. Sem dúvida, vai ser uma eleição muito apertada”, definiu Astério Moreira.
Já na capital acreana, a pesquisa divulgada pela TV Gazeta e pelo Instituto Real Time BigData que mostra pela primeira vez, o atual prefeito Bocalom a frente de Marcus Alexandre foi analisada com surpresa. “Essa pesquisa contraria todas as 16 pesquisas feitas até agora. O que chama atenção é que Marcus Alexandre fez uma convenção belíssima e em três dias, sua rejeição mais que dobrou. Eu não brigo com pesquisa, mas acho estranho esses números”, analisou Luís Carlos Moreira Jorge.
O programa ainda repercutiu o futuro político do ex-governador e ex-senador Jorge Viana, atual presidente da APEX. Para Astério Moreira, é o caminho já está definido, Viana deve ser candidato ao senado em 2026 e entra para disputar uma das duas vagas. “Jorge Viana tem eleitorado cativo, tem 30% de votos sem gastar um real. É um candidato perigoso para 2-26, não tenha dúvidas”, declarou.7
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