Daniela Mercury, a Rainha do Axé e um dos grandes símbolos da música baiana, está completando 59 anos neste domingo, 28 de julho, com muito sucesso na vida e na arte a comemorar. Figura certa no carnaval baiano e de muitas cidades Brasil afora, a cantora completou, no final do ano passado, 40 anos de carreira.
Também em 2023, a cantora abriu seu coração e as portas de seu trabalho durante o Carnaval para o documentário “Eu Sou o Carnaval” que foi ao ar no YouTube em dezembro do mesmo ano.
Além de deixar a sua marca como artista, Daniela se tornou voz forte na luta feminista, anti-homofobia e por igualdade de direitos.
E por falar anti-homofobia, nada melhor que começar esse retrospecto pela união homoafetiva. Em 2013, Daniela Mercury anunciou relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, o que provocou espanto na opinião pública. A artista teve relacionamento duradouro com o engenheiro Zalther Portela Laborda Póvoas, de 1984 e 1996. O casal teve o primeiro filho quando Daniela tinha 20 anos, Gabriel, que hoje tem 38 anos. Um ano depois, veio Giovana, que hoje tem 37. Com sua atual mulher ela tem três filhas adotivas: Márcia, Alice Maria e Ana Isabel.
Nobel da Paz e palco com Paul McCartney. Sim, a estrela brasileira se apresentou com o ex-Beatle em um amontoado muito significativo como a premiação. E o convite aconteceu após pedido do cantor britânico. Esse grandioso e inesquecível encontro aconteceu em Oslo, na Noruega, em 2001, durante a entrega do Prêmio Nobel da Paz.
Começo de tudo
Licenciada em dança pela Universidade Federal da Bahia, Daniela iniciou seus estudos nessa arte ainda aos quatro anos de idade. Aos 15, começou a cantar profissionalmente e subiu em um trio elétrico pela primeira vez, mostrando seu talento como cantora e como bailarina.
Daniela foi cantora da “Banda Eva” em 1986 e em 1989 tornou-se backing vocal da banda de Gilberto Gil.
O primeiro hit a estourar no Brasil foi “Swing da Cor”, faixa de seu primeiro álbum, o homônimo Daniela Mercury, lançado em 1991, chegando ao topo das paradas de sucesso.
Em 2009, seu então recém-lançado álbum rendeu a Daniela o título de “Carmen Miranda dos novos tempos” por uma crítica do canal norte-americano CBS, após ela se tornar uma das cantoras mais celebradas nos Estados Unidos naquele momento.
Mercury é nome artístico?
Para quem ainda acredita que Daniela adotou um nome artístico para homenagear Freddie Mercury (1941 -1991), vocalista da banda Queen, é melhor esquecer. A cantora já disse em entrevistas que seu nome (de origem italiana) é pronunciado “Mercúri”, mas todo mundo fazia confusão, Então, ela resolveu aderir e passar a escrever com “Y”.
O dia em que a cantora parou São Paulo
Em 1992, quando já era conhecida em boa parte do Nordeste, mas ainda não havia estourado no resto do Brasil, Daniela Mercury virou manchete nos jornais após atrair uma multidão para a Avenida Paulista, na área da Masp. A artista, que fazia parte de uma gravadora pequena, viu a apresentação lhe render contrato com a Sony.
Beijoqueira
Daniela Mercury protagonizou uma cena inusitada, em 2008, ao beijar a cantora Alinne Rosa de surpresa, durante a gravação de um DVD. As duas voltaram a se encontrar 14 anos depois, em cima do trio elétrico, e a Rainha do Axé brincou dizendo que deveria repetir, mas com a participação de sua esposa. O beijo triplo não saiu, mas até Malu Verçosa se divertiu com a situação.
E por falar em beijoqueira, outro “selinho” entre mulheres entrou para a história de Daniela Mercury, Só que dessa vez, ela foi surpreendida. Ivete Sangalo tascou um beijo, no palco, durante sua sua participação no show comemorativo pelos 40 anos de carreira da Rainha do Axé.
Embaixadora da Unicef
Engajada em causas sociais, a baiana é embaixadora do Unicef no Brasil desde 1995. Em 2013. Daniela foi uma das ganhadoras da 19ª Edição do Prêmio Nacional de Direitos Humanos. Nos últimos anos, tem se tornado voz cada vez mais forte no debate político e na defesa da democracia.
Carreira
Com músicas de sucesso de Axé e de MPB, a cantora lançou onze álbuns de estúdio, outros seis álbuns ao vivo, além de cinco coletâneas desde o início de sua carreira solo, em 1991. De lá para cá, foram mais de 11 DVDs, e mais de 23 turnês internacionais.
Em 2007, Daniela lançou seu quarto álbum ao vivo, “Balé Mulato – Ao Vivo”, que lhe rendeu seu primeiro Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras.