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Cassia Kis diz estar em paz com a Globo após fim de contrato e revela fardo

REPRODUÇÃO/TV GLOBO
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Cassia Kis não tem pontas soltas em sua história com a Globo, na qual era contratada ininterruptamente desde 1990. A atriz foi dispensada pela emissora na semana passada, quando seu contrato chegou ao fim e não foi renovado. Ela disse estar em “em paz” com a decisão. Por outro lado, revelou um fardo da vida pessoal: a lembrança de ter feito um aborto.


“Fiz bastante para a TVG [TV Globo], e ela para mim. Estamos em paz”, começou a atriz, durante conversa com a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Apesar do rompimento, a emissora pode voltar a contratá-la por obra certa, modelo adotado pela empresa para reaver os intérpretes que deixaram seu banco de elenco.


Cassia entrou na Globo na década de 1980, quando fez quatro novelas. Logo depois, em 1990, a atriz trocou de casa e foi para a Manchete (1983-1999) com o intuito de fazer Pantanal. No mesmo ano, porém, ela voltou para a líder de audiência e estrelou Barriga de Aluguel. Desde então, fez muitos outros papéis de destaques. Sua última personagem na emissora foi a Cidália de Travessia (2022).

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Embora esteja tranquila com seus novos rumos profissionais, a atriz ainda carrega um fardo: o aborto que realizou na década de 1980. O assunto voltou à tona depois que ela se manifestou nas redes sociais a favor do PL Antiaborto por Estupro.


O projeto coloca um teto de 22 semanas para a interrupção da gestação oriundas de abuso sexual. As vítimas que optarem por realizar o procedimento após o prazo podem sofrer penas de até 20 anos de reclusão.


A atriz disse não se incomodar com o fato de esse assunto ter sido retomado. Afinal, ela mesma se lembra do episódio. “Essa é uma cruz bem grande para ser carregada: ter feito um aborto”, afirmou ela, em mensagem de voz.


Nas redes sociais, chegou a viralizar uma capa de uma edição da Veja sobre o aborto, em 1997. Ela era uma das celebridades que narravam sua experiência com o procedimento, ao lado de Hebe Camargo, Cissa Guimarães, Claudia Alencar e Elba Ramalho.


“Sim, saí na revista Veja, e eu tenho muita, muita vergonha e muito arrependimento disso”, completou a atriz. “Já me ajoelhei diante de um sacerdote mais de uma vez para contar essa história. E na primeira vez que eu fui me confessar depois de 50 anos, o grande pecado que eu confessei foi esse aborto que aconteceu em 1985”, acrescentou.


Mãe de quatro filhos, ela revelou que sofreu também um aborto espontâneo e que, ao falar sobre maternidade, opta por dizer que teve seis filhos. “Eu nunca digo que tive quatro. Eu tenho dois filhos, que dei nome para eles, que rezo por eles e que sei em que lugar eles estão. Não estão no céu. Como católica, sei que eles estão em outro lugar, no limbo”, arrematou.


Questionada pelo apoio à PL, Cassia reitera que “não há aborto” para a Igreja Católica Apostólica Romana, da qual ela faz parte. Nesse sentido, nem o fato de a pena para a mulher que aborta ser maior do que a do homem que a violentou é um impeditivo para ela deixar de apoiar o PL Antiaborto. “O estuprador será punido. Como? Aí entrará a discussão com a sociedade”.


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