O senador Márcio Bittar (UB) disse durante participação no programa Gazeta Entrevista (TV Gazeta) nesta segunda-feira (22) que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que virá ao Acre nesta terça-feira (23) para receber honrarias, tem baixa credibilidade e fala do que não deveria.
Em Rio Branco, Barroso participará de uma palestra e também deve receber a Outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Poder Judiciário acreano, e a Ordem da Estrela do Acre, concedida pelo governo do estado.
“Meu pai ensinou que o seu prestígio é como se fosse um carro com tanque cheio, você vai andando, vai gastando. Você tem que preservar o seu prestígio para as horas mais importantes. Quando os ministros do Supremo Tribunal Federal ficam dando opinião sobre tudo e todos, eles vão gastando o prestígio deles, como esse que está vindo aqui amanhã, o Barroso, e quando ele vai no Congresso da Une*, que é ultra esquerda, é a ala mais radical do PT, são as alas mais radicais do PC do B, do PSOL, ele vai como presidente supremo do Tribunal Federal e diz ‘nós derrotamos o Bolsonaro’. Então, quando o Ministro Supremo Tribunal Federal gasta sua autoridade em assuntos que ele não deveria entrar, em questão da esfera política e não do judiciário, quando ele fala de alguma coisa importante ele já está com a credibilidade baixa”, disse Márcio Bittar.
O senador revelou ainda na entrevista ao jornalista Astério Moreira que deve sair do União Brasil para o Partido Liberal, mas antes precisa honrar compromissos feitos no atual partido. “As cúpulas dos partidos já sabem que vou, se tiver vivo, disputar a reeleição no PL do meu amigo Bolsonaro”, afirmou Bittar.
“A fala de Barroso sobre ‘derrotar o Bolsonarismo’ foi dita por Barroso no dia 12 de julho de 2023 no 59° Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), realizado em Brasília (DF). “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse.
Uma dia depois, no X, alvo de críticas, o ministro do STF escreveu: “Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão ‘Derrotamos o Bolsonarismo’, quando na verdade me referia ao extremismo golpista o violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”.