A Microsoft estima que 8,5 milhões de dispositivos que operam com o sistema Windows foram afetados pelo apagão cibernético desta sexta-feira (19).
Em publicação feita no site da empresa neste sábado (20), a Microsoft informa que menos de 1% dos aparelhos que usam do programa no mundo foram impactados. Contudo, devido a criticidade dos serviços afetados, a big tech alerta para um impacto profundo.
“Embora a porcentagem tenha sido pequena, os amplos impactos econômicos e sociais refletem o uso do CrowdStrike por empresas que executam muitos serviços críticos”, disse a Microsoft na publicação.
Entre os principais relatos de impactos pelo Brasil e no mundo, estão serviços de aeroportos, bancos, hospitais e até canais de televisão.
“Este incidente demonstra a natureza interconectada do nosso amplo ecossistema — provedores globais de nuvem, plataformas de software, fornecedores de segurança e outros fornecedores de software, e clientes. Também é um lembrete de quão importante é para todos nós no ecossistema de tecnologia priorizar a operação com implantação segura e recuperação de desastres usando os mecanismos que existem”, enfatizou a empresa.
O apagão cibernético mundial começou após a empresa de segurança digital CrowdStrike lançar uma atualização do software Falcon, que é descrito pela empresa como uma plataforma “que fornece indicadores de ataque em tempo real, detecção hiperprecisa e proteção automatizada” contra possíveis ameaças à segurança cibernética.
O programa é vendido para grandes corporações e clientes governamentais, incluindo grandes bancos globais, empresas de saúde e energia, de acordo com a empresa.
As interrupções foram causadas por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo de seu software que não conversou bem com os sistemas operacionais Microsoft Windows, e não está impactando os sistemas operacionais Mac ou Linux, de acordo com aviso da CrowdStrike.
Na véspera, o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, lamentou o ocorrido, prometeu “transparência total” ao longo do processo de revisão e que o foco era “recuperar os sistemas danificados”.
A Microsoft diz que está trabalhando continuamente para fornecer atualizações e suporte para seus clientes.
Na tarde de sexta, a empresa disse que a causa subjacente da interrupção de seus aplicativos e serviços já havia sido corrigida, mas que o impacto residual das interrupções na segurança cibernética segue afetando alguns clientes.
A Micrsoft informa que está trabalhando junto da CrowdStrike, da Amazon Web Services (AWS) e do Google Cloud Platform (GCP) para buscar soluções eficazes.
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