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Médicos farão nova assembleia para decidir sobre greve no Acre

Alegando falta de pagamento de gratificações e avanço nas negociações do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR), além de uma série de irregularidades, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) convocou nova assembleia geral extraordinária com a classe para terça-feira, 23. A expectativa é que haja a deflagração de greve por tempo indeterminado.


A convocação da categoria estava prevista para a noite de quinta-feira, 18, mas, para o cumprimento de prazos legais e a garantia da legalidade de um movimento paredista, houve o planejamento de debater o ato em data específica, aguardando a finalização do prazo dado ao governo. A ideia era demonstrar a disponibilidade da diretoria em negociar os avanços e a boa-fé, mas não houve aceno governamental.


Segundo o vice-presidente do Sindmed-AC, Rodrigo Prado, a única resposta do estado chegou em um documento desrespeitoso e afrontador, ignorando a seriedade do tema e desrespeitando todos os médicos e a saúde.


“Buscamos demonstrar disponibilidade em negociar e, de forma paciente, propusemos prazo viável para uma resposta clara, mas a equipe do governador Gladson Cameli perdeu todo esse tempo, assumindo que deve aos médicos, sem conseguir cumprir em atender a todos os direitos líquidos e certos da categoria, chegando até a realizar bravatas”, detalhou o sindicalista.


De acordo com o representante do Sindicato, a equipe de advogados da entidade também foi convocada para contribuir com todos os atos a serem tomados, buscando a mobilização maciça de toda a categoria, além de apresentar medidas jurídicas para punir os assessores do governo que causam o desconto indevido de valores retirados dos médicos.


“O plantonista trabalha longas jornadas, realiza plantões extras, fica exposto a situações que causam prejuízos à saúde, mas, na hora do pagamento, não recebe os valores previstos em lei, o que gera grande revolta, além de causar transtornos na vida das pessoas que precisam pagar suas dívidas. Isso nos lembra aquela situação constrangedora em que os servidores estaduais sofriam atrasos nos seus salários, um fantasma e uma insegurança que voltou com o atual governo”, finalizou Rodrigo Prado.


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