“Meu nome agora é Hilary Ferreira. Sou uma mulher de fato e de direito. Eu corri para que outras, como eu, pudessem caminhar”. A afirmação é da cabeleireira Hilary, que nesta sexta-feira, 19, recebeu sua Certidão de Nascimento com o nome escolhido por ela.
“Passei por muito constrangimento em órgãos e por pessoas que faziam questão de me chamar pelo nome morto. Foram mais de 3 anos de luta e minha identidade de gênero foi reconhecida e agora Hilary é meu nome de verdade”, pontuou.
Todo o trâmite no cartório foi feito por meio da Defensoria Pública de Cruzeiro do Sul. “Nossa função institucional é atender as pessoas em situação de vulnerabilidade, como no caso da discriminação. Essa retificação é um direito da pessoa ter no documento o nome como ela se autodetermina”, esclarece a Defensora Pública, Cláudia Aguirre.
A Defensora diz que já recebeu novos pedidos de mudança de nome. “Depois da Hilary, já recebemos outros pedidos de retificação de nome. A Defensoria está de portas abertas para pessoas que queiram mudar seu prenome. Nós fazemos o encaminhamento, com ofício, para o cartório, que emite a Certidão de Nascimento com o nome e o sexo retificado. A partir daí as pessoas buscam os demais documentos, como Carteira de Identidade e CPF”, destaca a Defensora.
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