Ícone do site ac24horas.com – Notícias do Acre

Ana Hickmann vai às lágrimas ao mostrar hematomas de violência doméstica pela primeira vez; veja a imagem

Ana Hickmann abre o coração sobre violências domésticas que sofreu Reprodução / Instagram

Ana Hickmann abriu o coração e, pela primeira vez, mostrou os hematomas feitos pelo ex-marido, o empresário Alexandre Correa. Durante uma palestra, nesta quarta-feira (17), a apresentadora caiu no choro ao falar sobre o assunto e revelou que sentiu vergonha dos machucados.


Clique na imagem para ampliar


Em cima do palco, Ana, que cresceu com a mãe sendo vítima de violência doméstica, contou que pensou que nunca passaria pelo mesmo. “Infelizmente, lá atrás eu achava que aquilo que tinha acontecido com a minha mãe jamais aconteceria comigo. Era cheia de segurança, uma menina que ia ganhar o mundo. Não sabia o que ia fazer da vida, só tinha uma certeza, que eu queria ser autossuficiente, que eu queria trabalhar, que eu queria poder ajudar minha mãe, cuidar dos meus irmãos e que ia dar certo, e fui buscar o mundo mesmo”, disse.


“E assim segui: comecei um relacionamento, me casei muito jovem e tinha certeza de que estava fazendo certo. Minha vida foi seguindo, muitas coisas foram acontecendo. A gente vai amadurecendo, vai envelhecendo, vai vivendo em certas situações e coisas”, continuou.


Em seguida, Ana Hickmann mostrou pela primeira vez algumas marcas feitas pelo ex-marido. Sem segurar as lágrimas, a apresentadora falou sobre o dia em que foi agredida. “Na semana que essa marca nesse braço aconteceu, isso foi no dia 11 de novembro de 2023, foi o dia em que eu pedi socorro. Eu nunca trouxe essas imagens para ninguém e, aliás, essa semana completou 8 meses”, contou.


“Eu quis fazer isso porque queria mostrar para vocês que não tem endereço, não tem conta em banco, não tem nome de família, não tem cor de pele, não tem nada que nos diferencie, somos as mesmas que passamos pelas mesmas coisas. Pode mudar o nome do agressor, mas o resto continua sendo igual e tudo se leva do mesmo jeito. Isso eu aprendi ao longo desses meses, compartilhando e escutando histórias de outras mulheres”, relatou.


Após ser agredida, Ana contou que sentiu uma mistura de sentimentos quando chegou à delegacia. “Comecei a falar com a delegada que me atendeu e era uma mistura de medo, de angústia, de dor física, dor na alma e de vergonha. Vergonha de admitir que aquilo estava acontecendo, vergonha de admitir que a pessoa que tinha feito esse machucado no meu braço, que tinha feito tudo comigo era pai do meu filho. E que a partir daquele momento, nunca mais nada seria igual”, disse.


A apresentadora disse, então, que uma frase que ouviu na época mudou a forma como ela enxergava a situação. “‘Você não tem culpa e você merece ser feliz’. Quando eu ouvi isso, falei: se eu for feliz, o meu filho vai ser feliz, vou conseguir ser uma melhor mãe, ser um exemplo para ele. E eu fui julgada por isso, viu? ‘Ela não está sofrendo, não está chorando. Ah, está tudo certo’. Julgamentos que a gente vai ter o tempo todo, mas no final do dia, só a gente sabe o que está acontecendo”, contou.


Após deixar o palco, Ana Hickmann falou um pouco sobre como foi a experiência de se abrir para outras mulheres. “É a primeira vez que eu mostro essas imagens, é a primeira vez que eu abro meu coração dessa forma para outras mulheres, e posso falar: me fez tão bem. É bom compartilhar”, afirmou.


Depois que a palestra chegou ao fim, ela participou de um abraço coletivo com as mulheres presentes no evento e falou sobre o que sentiu: “Em questão de poucos minutos, poucos segundos, eu escutei várias histórias que mexeram demais comigo. Uma moça deficiente visual que estava assim por conta de agressão física, uma outra que falou que sobreviveu a um tiro do ex-marido, a outra que tomou a facada, a outra que o marido colocou ela para fora, a outra que botou fogo em tudo. Então, assim, é muito difícil isso”.


“A violência física que eu sofri perto da delas é muito pequena, mas às vezes têm machucados e feridas que ficam dentro de cada uma de nós que não saem. E quando a gente se apoia fica melhor, fica mais leve para poder levar. Foi emocionante”, disse.


Fonte: O DIA


Sair da versão mobile