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Servidores ambientais em greve criticam Marina: “alheia às lutas da categoria”

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A Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, foi acusada pelo Comando Nacional de Greve dos servidores ambientais federais, em carta aberta divulgada nesta segunda-feira, 15, de parecer estar alheia às dificuldades e lutas travadas por condições dignas de trabalho da categoria.


“Sua fama de guardiã da floresta em publicações de renome internacional não condiz com a de representante daquelas e daqueles que estamos em campo, guardando as florestas, campos, manguezais e demais ecossistemas fundamentais ao enfrentamento da crise climática”, diz a manifestação.


A carta também aponta para o presidente Lula, que teria, segundo o movimento, afirmado que ninguém seria punido por fazer greve por ser esse um direito legítimo de servidores públicos, tanto quanto quaisquer outros trabalhadores, uma vez que ele próprio foi forjado politicamente nos movimentos sindicais.

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“Uma ingrata surpresa para todas as servidoras e servidores da carreira, cuja pauta de mobilização vai muito além da questão remuneratória, mas visa a reestruturação da carreira para assegurar a viabilidade da execução das políticas públicas ambientais e por consequência, climáticas”, diz um trecho do documento.


Diferente do tratamento dado a outras categorias, o governo peticionou à Justiça Federal que declarasse a ilegalidade da greve no terceiro dia de adesão pela maioria dos servidores. Com decisão liminar desfavorável, os servidores do Licenciamento Ambiental Federal (LAF) tiveram que voltar ao trabalho.


“Não bastasse o assédio e violência jurídica, os servidores que bravamente aderiram à greve ainda no mês de junho estão passando pela violência remuneratória, com o anúncio do corte salarial, o que afeta ainda mais a capacidade de sustento de nossas famílias”, acrescenta a carta.


Entre as categorias que o comando de greve cita como contempladas pelo governo com vantajosos aumentos estão as polícias Federal e Rodoviária Federal, além dos agentes penitenciários, que tiveram aumento de 77%, segundo afirmado na carta aberta.


“Os auditores da Receita Federal conquistaram um bônus de eficiência de 11 mil reais, além da remuneração. Bônus que supera o valor que um analista ambiental com doutorado recebe em início de carreira e que um técnico da carreira demora anos para receber”, completa.


Outra afirmação do Comando Nacional de Greve é que de 2014 a 2023 o Orçamento Geral da União – OGU – dobrou, mas para a gestão ambiental federal foi reduzido de 0,16% em 2014, para 0,08% em 2023. Ao mesmo tempo, em que os desafios da área ambiental cresceram vertiginosamente.


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