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“Prefeitura não honrou com a equoterapia das crianças”, dizem mães atípicas em Rio Branco

Por
Thais Farias

As convidadas do Pôdicast, comandado pelo publicitário David Sento-Sé, transmitido pelo ac24horas nesta segunda-feira, 15, são Andressa Miranda e Joelma, integrantes do grupo “Atípica é a Mãe,” criado em março de 2023 no Acre. As mulheres destacam a importância da troca de informações e experiências de vida.


Segundo Miranda, fundadora do grupo que já conta com 27 mulheres, a iniciativa não é apenas para mães de autistas, mas para todas as que têm filhos com algum tipo de transtorno. “Não é só para mães que têm filhos autistas. É para qualquer mãe que tem um filho com algum transtorno, deficiência ou afins. Então, essa é a mãe atípica de verdade, não somente a mãe de autista. Foi justamente esse o propósito do grupo, incluir todas as mães atípicas, em geral”, explicou.


Joelma revelou que o objetivo do grupo é levar conforto às mães que enfrentam dificuldades com seus filhos. Ela mencionou a falta de apoio familiar que muitas mães enfrentam. “Queremos levar conforto, informação, afeto e compartilhar nossas experiências para que essas mães se sintam mais acolhidas e assistidas. É importante que elas não se sintam tão abandonadas e se reconheçam em outras mães que compartilham dores e lutas semelhantes. Mesmo com dores e vidas diferentes, as mães atípicas têm uma luta em comum, e esse reconhecimento mútuo é valioso. O grupo é importante por conta dessas trocas de informações, incluindo questões jurídicas, de assistência, terapêuticas e exames”, explicou.


Joelma também relembrou o drama de sua filha, diagnosticada com câncer. “Passamos seis meses com a Dânica internada, vivenciando inúmeras experiências no hospital. Víamos muitas crianças enfrentando problemas e tribulações, mas também aprendemos a enxergar a vida com uma nova percepção, como um milagre, aproveitando momentos mágicos na terra, trocando experiências”, disse.


Ela ainda reclamou da falta de vagas na rede pública para equoterapia. “Minha filha ficou inscrita por quase dois anos e nunca foi chamada. Quando finalmente foi chamada, as sessões pararam após uma semana porque a verba não chegou. A prefeitura não conseguiu honrar com a equoterapia das crianças. Não era só a minha filha, mais de 45 crianças ficaram sem assistência de equoterapia”, ressaltou.


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Thais Farias

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