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Primeira quilombola promotora de Justiça do Brasil atua no Pará

AN/PR DIVULGAÇÃO

A maranhense Karoline Bezerra Maia foi nomeada promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará, se tornando a primeira quilombola a ocupar o cargo na história do Brasil.


Do Quilombo Jutaí, em Monção, município maranhense com pouco mais de trinta mil habitantes, Karoline Maia, que passou a atuar na função no município paraense de Senador José Porfírio este ano, conta sobre sua trajetória até aqui, além de deixar um recado a todas que desejam uma melhora de vida.


Para a nova promotora, que passou a atuar em Senador José Porfírio, município paraense marcado pelo alto índice de devastação florestal e baixíssimo IDH, ser promotor de justiça requer duas características fundamentais: indignação e coragem.


Caçula de sete irmãos e primeira da família a concluir um curso superior, Karoline Maia perdeu a mãe ainda jovem e viu seu pai, um dos principais incentivadores, morrer em 2020 em um hospital público sem condições básicas de atendimento, mas continuou estudando até chegar a ser aprovada em concursos públicos para o Ministério Público de Sergipe, a Defensoria Pública de Rondônia, Procuradoria Municipal de Manaus e pelo Ministério Público do Pará, onde escolheu atuar e exercer a função.


“Eu sempre tive a convicção de que a educação era a única maneira de transformar a minha vida e alcançar uma condição melhor. Acreditava profundamente que a educação tem o poder de libertar e abrir portas que, de outra forma, permaneceriam fechadas”, avalia.


“Acreditem em si mesmas e no poder transformador da educação. Não deixem que os obstáculos desviem vocês de seus sonhos. Busquem apoio, mantenham-se firmes em seus objetivos e lembrem-se de que a representatividade importa. Vocês são capazes de alcançar qualquer posição que desejarem”.


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