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CPI para investigar a Ricco pode ser aberta e líder de Bocalom rebate: “não faz sentido”

O vereador Fábio Araújo (MDB) usou a tribuna da Câmara Municipal nesta quinta-feira, 11, para apresentar um requerimento verbal propondo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa Ricco Transporte em Rio Branco. O documento escrito será protocolado na próxima semana e precisa de seis votos para aprovação.


Segundo o parlamentar, a investigação se faz necessária após a exposição de uma dívida contraída por uma empresa do grupo Ricco em Goiás com um banco de São Paulo, que resultou em um pedido de mandado de busca e apreensão de 16 ônibus que fazem parte do sistema de transporte público em Rio Branco. “Vamos abrir a CPI também. Eu deixo aqui apresentado, senhor presidente [Raimundo Neném]”, declarou Araújo.


Araújo destacou que a proposta da CPI visa apurar com profundidade as recentes reclamações de atraso de salário e outros direitos trabalhistas. “Por que estão atrasando o pagamento dos trabalhadores? Por que o sacolão, que é um benefício da categoria, não está sendo entregue? E por que os encargos trabalhistas não estão sendo pagos? Gente, três anos e seis meses para uma licitação e não sai do papel. Contrataram consultorias, duas consultorias para conseguir fazer o edital, e esse edital não consegue ir para a rua. Não consegue”, disse ele.


Ao fim do discurso, Fábio pediu apoio dos vereadores na proposição da CPI. “Aguardo a manifestação dos vereadores para que possamos investigar essa empresa e realmente dar o retorno que a nossa população merece”, ressaltou.


O líder do prefeito Tião Bocalom, vereador João Marcos Luz (PL), declarou que uma das tarefas da Câmara Municipal é fiscalizar e se posicionou contra a medida. “A CPI é mais um braço legislativo. Aqui já teve uma CPI que levantou vários problemas que ocorreram no transporte coletivo nos últimos anos. O vereador Fábio Araújo está querendo agora fazer uma investigação específica da empresa Ricco, que está aqui temporariamente, prestando um serviço emergencial. Então, não tem sentido algum”, argumentou.


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