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“A Energisa não trabalha para mim”, diz prefeita ao ser cobrada por iluminação em ramais

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um grupo de moradores da zona rural do município de Tarauacá, aparentemente nas dependências da prefeitura, nessa quarta-feira, 10, cobrando a prefeita Lucinéia Nery sobre serviços como melhoramento de ramais e instalação de energia elétrica.


A cobrança à prefeita sobre instalação de rede elétrica, uma responsabilidade do Governo Federal, se justifica pela necessidade de haver ramais, em tese uma obrigação do município, que ofereçam condições para a entrada das equipes da Energisa, a quem cabe a execução dos serviços de eletrificação.


Um dos manifestantes reivindica a conclusão de serviços no ramal no “Ramal do Cachoeira”, que ela teria, segundo ele, prometido asfaltar e colocar energia. Néia responde que o serviço já foi feito. Quando o morador diz que não foi concluído, ela afirma: “A Energisa não trabalha para mim”. Outro morador pergunta se o povo do “Sacado” ficará esquecido esse ano.


A prefeita se manteve calma durante o protesto e argumentou que vários serviços foram feitos na região, como reconstrução de escolas destruídas e abertura de açudes. “Nós queremos é o ramal e a luz, porque água a gente usa do igarapé”, responde uma moradora.


Uma nota do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tarauacá, divulgada pelo Blog do Accioly, informa que uma reunião estava marcada para esta quarta-feira, às 9h, na sede do sindicato com a participação da prefeitura e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Deracre).


De acordo com o comunicado, a autarquia estadual compareceu e apresentou a cópia do convênio entre governo do estado e prefeitura, pelo qual o governo transferiu as máquinas e recursos para a prefeitura fazer abertura dos ramais. Já a prefeita não compareceu à reunião nem enviou representantes.


Diante da ausência, os trabalhadores rurais, junto com os dirigentes do sindicato, decidiram ir até a prefeitura para conversar com a prefeita, onde foram informados pela chefe de gabinete que a Lucinéia estava com outro compromisso e não poderia atendê-los, mas eles permaneceram na prefeitura até que fossem recebidos pela gestora.


Alguns minutos depois, a prefeita Maria Lucinéia chegou ao local, quando aconteceu a discussão mostrada no vídeo. Segundo o sindicato, a prefeita chegou a dizer que “os trabalhadores estavam fazendo política, e que se quisessem conversar com ela, não precisavam levar sindicato, bastava ir à casa dela.”


“Diante dessa situação de desrespeito da gestora municipal, decidimos dá um prazo de uma semana para que a prefeitura, responsável pela abertura das estradas vicinais, inicie os trabalhos e envie ao sindicato a programação e o quantitativo de máquinas para sabermos se é suficiente para fazer os serviços em tempo que os produtores possam escoar seus produtos. Caso contrário, voltaremos à prefeitura novamente e seremos muito mais”, diz a nota.


A reportagem não conseguiu manter contato com a assessoria da prefeita Maria Lucinéia. O espaço permanece à disposição para que ela possa se manifestar posteriormente sobre o assunto.


VEJA O VÍDEO:


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