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Polícia Federal diz que Jair Bolsonaro mentiu em depoimento sobre joias

O relatório da Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro mentiu em depoimento ao dizer que guardou na fazenda do ex-piloto, Nelson Piquet, um kit de joias que recebeu como presente de autoridades estrangeiras. Bolsonaro nega qualquer irregularidade.


Jair Bolsonaro afirmou em um depoimento em abril do ano passado, que um dos kits de joias tinha ficado no Brasil. Os presentes recebidos estariam no acervo pessoal, guardado na fazenda do ex-piloto e aliado do ex-presidente, Nélson Piquet, mas as investigações demonstraram o contrário. O kit de ouro rosé foi levado para os Estados Unidos no avião presidencial, quando Bolsonaro embarcou para a florida ainda como presidente, em novembro de 2022. As peças foram a leilão no início do ano passado.


Em uma troca de mensagens, Marcelo Câmara, auxiliar do então presidente, demonstra preocupação. Diz que uma auditoria do tribunal de contas da união iria verificar se o kit estava no local apontado por Bolsonaro e não o encontraria.


A conclusão do inquérito aponta que todo o dinheiro arrecadado com a venda das peças foi entregue a Bolsonaro, quase R$ 7 milhões. Uma parte, cerca de R$ 300 mil, teria sido entregue em espécie pelo general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.


As investigações foram favorecidas pelo descuido de Mauro Cid, que deixou rastros ao longo do caminho. Segundo a polícia federal, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro chegou a apagar mensagens de WhatsApp, mas esqueceu de fazer o mesmo em uma outra conta que ele tem no mesmo aplicativo.


Em uma dessas mensagens, Cid pede ao pai que fotografe as joias. Foi nesta imagem que os agentes identificaram o reflexo do general Lourena Cid na operação de venda.


O relatório já está com a procuradoria-geral da república, que tem 14 dias para pedir o arquivamento ou apresentar denúncia ao supremo tribunal federal. Se a ação for aberta, Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas se tornam réus.


Em nota, a defesa do ex-presidente informou que os presentes foram catalogados pelo gabinete adjunto de documentação histórica, sem interferência do poder executivo, e que a investigação ignora situações idênticas de governos anteriores.


FONTE:BAND


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