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Acre teve quase 5 mil mortes violentas intencionais desde 2013

Por
Raimari Cardoso

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) apresentou nesta segunda-feira, 1º, os “Painéis Gerenciais de Indicadores de Violência”, uma ferramenta que compila uma série de dados sobre taxas de violência e criminalidade no estado.


Desenvolvida no âmbito do Observatório de Análise Criminal, Coordenação do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), a iniciativa em Business Intelligence (BI) apresenta informações coletadas em fontes oficiais sobre diversos campos, como mortes violentas intencionais, situação do sistema carcerário, violência doméstica, violência no trânsito, entre outros.



Durante a reunião de apresentação, foi enfatizada a organização dos dados em séries históricas, proporcionando uma visão abrangente do fenômeno da violência ao longo dos últimos anos no Acre, permitindo também a visualização de taxas por município e dados de outros estados.



O procurador-geral do MPAC, Danilo Lovisaro, parabenizou a coordenadora do NAT e a equipe do Observatório pela iniciativa, destacando sua função de fornecer acesso a informações valiosas e consultivas, fundamentais para a formulação e avaliação de estratégias de prevenção e controle da criminalidade.


Mortes Violentas Intencionais (MVI)


Entre os dados disponibilizados está o de que o Acre registrou 4.880 mortes violentas intencionais (MVI) no período da série histórica que começa em 2013 e vai até os dias atuais. Nesse intervalo, o ano mais crítico foi 2017, quando o estado teve 531 mortes violentas intencionais em 510 ocorrências.


Nos dois anos seguintes, o estado registrou queda nos números do MPAC – 417 mortes nessa categorização em 2018 e 319 em 2019. Em 2020, nova subida, para 323 vítimas, nova redução para 192 em 2021 e novo aumento em 2022 para 238 mortes. Em 2023, foram 215 mortes violentas intencionais e em 2024, até a última atualização do painel, foram 78.



Na distribuição por municípios, a capital, Rio Branco, concentra a maioria dos casos, 54,30% (2.650 casos). Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do estado, vem em seguida com 8,52% (416 casos). O município com a menor taxa é Santa Rosa do Purus, 0,23% (11 casos) – Confira a lista completa abaixo.



De acordo com os dados, o conflito facções/drogas é a maior causa das mortes violentas intencionais no Acre (45,44%). Já o instrumento mais utilizado é a arma de fogo (56,5%) com a arma branca em segundo lugar (33,01%). Os meios indeterminados somam 10,35% dos casos.


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Raimari Cardoso

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