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Uma carreira inconstante, focada na sua vitimização

O QUE poderia ser uma carreira política brilhante – pelo potencial e excelente qualificação do personagem – se transformou numa performance claudicante. Vindo de Cuba, onde se formou em Medicina, Jenilson Leite (PSB) militou no PCdoB, de onde saiu por motivos até hoje obscuros. Mesmo com seu perfil de esquerda entrou na aventura da direita de tentar eleger a professora Socorro Neri (PP) a prefeita, agasalhado no palanque do governador Gladson Cameli. Para isso teve que chutar o bloco dos partidos de esquerda, onde sempre se situou. Neri perdeu e com ela foi embora o plano de Jenilson de ter uma prefeitura como base eleitoral para sedimentar sua candidatura ao Senado. Foi candidato ao Senado na base do eu sozinho e foi atropelado na reta final da campanha. Foi bem votado, mas na política o que vale é a vitória. Depois desse episódio andou ensaiando com declarações à imprensa, que disputaria o governo em 2026. Agora surge pressionando o MDB – com ameaça de rompimento – exigindo ser o vice na chapa do candidato a prefeito Marcus Alexandre (MDB). Esqueceu que ser vice não é decisão pessoal, mas uma decisão partidária coletiva em uma aliança. E para reforçar a pressão, o seu partido, o PSB, levanta a bandeira de candidatura própria à PMRB, sem ter a mínima estrutura, sem militância, sem aliados, e com uma chapa de candidatos a vereadores sem destaques na sua composição. Puro blefe do PSB. Seus dirigentes sabem que, no atual cenário, não cabe uma candidatura alternativa ancorada apenas numa rusga com o MDB. O ex-deputado Jenilson Leite (PSB) precisa ter um rumo, um foco, na sua carreira política, e não ficar sempre com a surrada vestimenta de vítima política. Ou será difícil conseguir o seu intento de ganhar um mandato majoritário, seja de governador ou senador. O Jenilson precisa, antes de tudo, definir o que quer na sua carreira política. Para não cair na vala da mesmice.


RANCOR CEGOU


O EX-SENADOR Jorge Viana (PT) foi o único grande líder político que sobrou da outrora poderosa esquerda, no Acre. Mas anda muito rancoroso, talvez, ressentido ainda pela sua derrota para o governo. Se tivesse olhado com calma a lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso, não teria dito que o Acre esteve ausente. O senador Sérgio Petecão (PSD) é um dos nomes da lista. O rancor costuma cegar.


NÃO SEI O QUE GANHA


FAÇO questão de passar longe do ambiente de bajuladores do entorno do governador Gladson. Isso me credencia a comentar que o Jorge Viana cometeu um erro ao atacar de forma pessoal o governador Gladson – se cujo governo não é essa Coca-Cola toda – pelo menos a sua pessoa é bem avaliada pela população. Não sei o que o JV ganha com este tipo de ataque raivoso. Não vai lhe ajudar, politicamente, em nada na sua luta para voltar ao poder em 2026.


GRANDE ARRAIAL


O Festival da Macaxeira não foi nenhum movimento para alavancar o empreendedorismo. Foi, na verdade mais um grande arraial dos muitos que foram realizados na quadra junina na capital. A única diferença das demais é que foi bancada pela prefeitura e usada, politicamente, para tentar alavancar a imagem do prefeito Tião Bocalom, que não aparece na ponta nas pesquisas. Pode ter sido a Festa da Ilha Fiscal, no final da era do Império no Brasil.


NÃO GANHARIA NADA


O CANDIDATO a prefeito do MDB, Marcus Alexandre, não participou da agenda da ministra Marina Silva, na capital. Não perdeu nada, a Marina é uma expressão internacional, mas não move mais votos no estado.


PARQUE DE PATINS


O SENADOR Márcio Bittar (UB) é um irado defensor da devastação da Amazônia. Por ele, toda floresta amazônica seria derrubada e a área transformada num parque para andar de patins, cercado de bois mugindo.


CONHECE O CAMINHO


O FATO de ter a campanha coordenada pelo ex-deputado Jonas Lima, que conhece o caminho das pedras da vitória em Mâncio Lima, torna a candidatura a prefeito do empresário Chicão muito forte.


SERIA BOM


O PSB anda ameaçando com uma candidatura própria a prefeito da capital. Seria bom que acontecesse, para o partido saber o tamanho exato do seu capital político em Rio Branco.


BRIGA POR VAGA


PELAS notícias de alianças políticas que chegam ao BLOG, dá para se cravar que a candidatura da Gabriela Câmara a vereadora, briga com muita chance por uma das vagas na Câmara municipal de Rio Branco.


A META É FEDERAL


QUEM sedimenta a sua campanha desde já para disputar um mandato de deputada federal em 2026, é a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PP). O último deputado federal eleito por Brasiléia foi o Zico Bronzeado, pelo PT.


BAIXO CLERO


FICAR bradando ser defensor da pátria, da família e dos princípios cristãs; e ficar no radicalismo ideológico e de pautas de costumes, não vão levar nenhum dos nossos deputados federais a ter uma projeção nacional. Vão ficar sempre orbitando no baixo clero da Câmara Federal.


ÚNICA SITUAÇÃO


FALA-SE tanto em vice-prefeito em uma chapa, sem atentar que o eleitor quando vai dar o seu voto foca apenas no candidato a prefeito. O vice só tem influência numa chapa quando é impopular, porque pode puxar para baixo. Fora isso as atenções do eleitor vão estar voltadas para o nome de quem quer ser prefeito. O resto fica na periferia de uma eleição.


PREÇO ALTO


O PT está pagando um preço alto na sua busca de voltar ao poder, devido ao fato de não ter preparado novas lideranças. Achava que o poder era eterno e que depois de 20 anos de governo ainda conseguiria eleger um poste a um cargo majoritário de prefeito, governador e senador. A política é uma roda-gigante; uma hora você está em cima, na outra está embaixo.


EXEMPLO DA CEGUEIRA


UM EXEMPLO da arrogância e da cegueira política do PT, foi ter lançado para o Senado dois candidatos: Ney Amorim e Jorge Viana. Morreram abraçados. E a partir desse episódio o PT entrou em um redemoinho, afundou, continuando submerso até hoje.


INFLUÊNCIA ZERO


A INFLUÊNCIA eleitoral do Festival da Macaxeira, será zero na disputa pela PMRB. Na próxima semana vai virar algo do passado. Não existe ninguém mais imediatista do que o eleitor.


CAVANDO CANDIDATURA


PELAS andanças do deputado Luiz Gonzaga (PSDB), tudo indica que está cavando o caminho para uma candidatura a deputado federal, em 2026. O Gonzaguinha é esperto.


SANTO ANTÔNIO FICOU CARECA


O GOVERNO está pintando o prédio da Difusora Acreana. A conservação do patrimônio público é positiva. Mas, bem mais importante para a rádio mais antiga do Acre, seria a modernização e ampliação da potência da emissora (hoje defasada) e resolver a situação funcional dos seus servidores. De promessa em promessa Santo Antônio ficou careca.


TEMOR DA TURMA ANTIGA


UM empresário que não se mete muito em política, comentava ontem numa roda de amigos que, o seu temor por uma vitória do Marcus Alexandre (MDB) é que coloque em postos importantes da PMRB as velhas, cansadas e desgastadas figuras do PT, com as suas conhecidas arrogâncias.


MAIS REAIS


AS pesquisas que virão depois das convenções municipais, em agosto, já trarão dados mais reais sobre a disputa eleitoral em Rio Branco. Pesquisa agora, é gastar tempo, porque a campanha ainda não se encontra nas ruas. E muitos eleitores não sabem nem quais serão os candidatos.


FRASE MARCANTE


“Guarda uma semente na terra que a terra te dará uma flor”. Gibran Kahlil


VOU CONTAR A VERDADE


O ex-deputado Jenilson Lopes (PSB) disse hoje ao Blog que ao regressar de Brasília, na quinta-feira, vai revelar toda a verdade sobre as conversas com Marcus Alexandre (MDB) e das promessas na indicação de vice; e sobre a palavra dada pelo MDB. Nega que queira ser vítima. O espaço está aberto para dar sua versão na íntegra. Pelo visto, a chapa vai esquentar.


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