Maria Francisca da Silva, 46 anos, moradora de Cruzeiro do Sul, tomou um susto em março deste ano ao descobrir um câncer na mama. A descoberta da doença, que já está no grau 3, não poderia ser diferente e foi um impacto que mexeu com toda a família.
Com o início do longo processo de tratamento, que inclui cirurgia e quimioterapia e deve durar, no mínimo, seis meses, Fran, como é conhecida, teve que se mudar para Rio Branco e se separar do esposo e do filho mais velho, que ficaram no Juruá. Além de iniciar a rotina exaustiva dos medicamentos, que inclui uma série de efeitos colaterais e o abalo psicológico de lidar com uma doença que provoca tanto medo, Fran ainda teve que trazer os dois filhos, de 11 e 14 anos, para a capital acreana.
A vida virou de “cabeça para baixo”. A família se separou, já que o esposo teve que permanecer no Juruá para trabalhar. Os filhos mais novos foram forçados a sair de perto do pai, do irmão mais velho e dos amigos e iniciar uma “nova vida” em Rio Branco.
Na capital acreana, a vida tem se tornado uma prova de resiliência. O tratamento é acompanhado das dificuldades financeiras, já que Fran tem que pagar aluguel e ajudar a cobrir as despesas das duas casas da família, em Cruzeiro do Sul e Rio Branco. Por não ter carro, muitas vezes, Fran vai a pé para as consultas, gastando cerca de 20 minutos no percurso. “Não é fácil, preciso pagar aluguel, comida, energia e toda a despesa que quem tem dois filhos na adolescência, sabe como é. Meu marido passou 15 dias aqui em Rio Branco no início do tratamento, mas teve que voltar para Cruzeiro do Sul para trabalhar junto com meu filho mais velho que estuda lá no Juruá”, conta.
Mesmo com todas as dificuldades da doença, Fran conta que é no trabalho de manicure, que já faz há quase vinte anos, que ela tem encontrado forças para enfrentar a doença e todos os medos que ela provoca. “Eu preciso trabalhar, tenho que ajudar a colocar comida na minha casa”, afirma.
Careca devido os efeitos provocados pela quimioterapia, Fran prefere enfrentar a doença com otimismo e acaba dando uma lição de fé. “O trabalho distrai a minha mente. Não é fácil você lidar com a doença grave, mas apesar da gravidade que eu sei que é o câncer, estou tentando ficar bem psicologicamente, tentando ser forte e encarando como uma fase que vai passar na minha vida e que se Deus quiser eu vou conseguir vencer”, relata emocionada.
Além de fazer unha, Fran também trabalha com costura criativa, criando pelas como necessaire e estojo escolar como forma de ajudar no tratamento e nas despesas de casa. “O trabalho tem me ajudado a não “pirar” a diminuir a possibilidade de depressão que sempre ronda quando a gente enfrenta uma doença tão séria”, conta.
Fran faz a terceira sessão de quimioterapia no próximo dia 5 de julho. “Tenho muita fé que vou vencer o câncer”, diz.
Quem quiser “fazer” a unha, adquirir os produtos da costura criativa ou saber como pode ajudar Fran, pode entrar em contato pelo número da manicure (68 99998-0815).
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