Menu

Pesquisar
Close this search box.

Tentativa de golpe na Bolívia: Soldados começam a deixar proximidades do palácio

Crédito: 26/06/2024 - Gaston Brito Miserocchi/Getty Images
Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

Soldados e veículos militares do Exército da Bolívia estão deixando as proximidades do palácio presidencial do país após o que o presidente Luis Arce afirmou ser uma tentativa de golpe de Estado.


A retirada das tropas foi ordenada pelos novos chefes militares da Bolívia que foram nomeados por Arce.

Anúncios


Presidente denuncia tentativa de golpe


Arce denunciou a mobilização de algumas unidades do exército em La Paz lideradas pelo general Juan José Zuniga, alertando para a tentativa de golpe de Estado.


“Hoje, o país enfrenta uma tentativa de golpe de Estado. Hoje, o país enfrenta mais uma vez interesses para que a democracia na Bolívia seja interrompida”, afirmou o presidente em comentários do palácio presidencial, com soldados armados do lado de fora.


“O povo boliviano está convocado hoje. Precisamos que o povo boliviano se organize e se mobilize contra o golpe de estado em favor da democracia”, adicionou.


Quem é o general que liderou tentativa de golpe?


Desde 2022, Juan José Zuñiga serviu como comandante-chefe do Exército da Bolívia.


Mas, na segunda-feira (24), o militar fez declarações polêmicas contra o ex-presidente boliviano Evo Morales, dizendo que ele “não pode mais ser presidente deste país”.


Suas declarações custaram-lhe o cargo, já que o governo decidiu demiti-lo na terça-feira (25). Porém, o militar se revoltou contra o Executivo, liderando o levante.


Saiba mais sobre o general através desta matéria.


Lula diz que “golpe nunca deu certo” e presta solidariedade


Ao ser perguntado pela CNN em entrevista coletiva nesta quarta, Lula destacou que pediu informações sobre a situação na Bolívia.


“Eu quero informação, então eu pedi para o ministro Mauro ligar para Bolívia, ligar para o presidente, ligar para o embaixador brasileiro, para a gente ter certeza, para a gente poder ter uma posição”, disse Lula.


“Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. O golpe nunca deu certo”, o líder brasileiro acrescentou.

Anúncios


Ele também fez uma publicação nas redes sociais reafirmando o compromisso do Brasil “com o povo e a democracia no país irmão presidido por Luis Arce.


Itamaraty condena tentativa de golpe


O Itamaraty também publicou uma nota condenando “nos mais firmes termos” a tentativa de golpe.


“O governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos”, destaca a nota.


“Nesse contexto, estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os Governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região”, adiciona.


EUA monitoram situação
Os Estados Unidos estão monitorando de perto a situação na Bolívia e pedem calma e moderação, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, nesta quarta-feira (26).


Líderes mundiais condenam ação militar


Diversos líderes mundiais expressaram preocupação pela situação na Bolívia.


O presidente do Chile, Gabriel Boric, se manifestou pelas redes sociais.


“Do Chile, expresso minha preocupação pela situação na Bolívia. Expressamos nosso apoio à democracia no país irmão e ao governo legítimo de Luis Arce”, destacou.


O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou a situação na Bolívia, enviando solidariedade a Luis Arce.


“O Exército deve submeter-se ao poder civil legitimamente eleito, alertou.


Almagro também destacou que não será tolerada “qualquer violação da ordem constitucional legítima”.


Evo Morales, ex-presidente boliviano, acusou as tropas de estarem planejando um golpe de Estado sob comando do general Juan José Zuniga.


Ele pediu por “mobilização nacional para defender a democracia”.


“Não permitiremos que as Forças Armadas violem a democracia e intimidem o povo”, concluiu.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido