A cota do Rio Acre, no município de Xapuri, atingiu 1,49 metro, marcando a segunda maior seca já registrada na história da região. Os dados foram divulgados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), nessa segunda-feira, 24.
A maior seca histórica ocorreu em 31 de julho de 2018, quando o nível do rio caiu para 1,18 metro. Até hoje, a segunda maior seca havia sido registrada em 18 de junho de 2021, com uma cota de 1,60 metro. Com emergência ambiental já decretada nos 22 municípios, órgãos de comando e controle colocam em prática ações para mitigação dos efeitos climáticos.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, abordou a situação crítica: “O Rio Acre vem atingindo cotas históricas mínimas, não só em Xapuri, mas ao longo de toda a sua extensão. Em Rio Branco, por exemplo, a cota de 1,81 metros é a menor registrada para o mês de junho, em 53 anos de medições. Essa situação extrema não se limita ao Rio Acre; o Rio Iaco, em Sena Madureira, também apresenta níveis historicamente baixos, com 94 cm hoje, abaixo de um metro nos últimos três dias, indicando cotas mínimas históricas para junho”.
A baixa pluviosidade nas bacias hidrográficas tem causado impactos significativos: “Estamos vendo uma umidade do solo muito baixa e a vegetação está sofrendo estresse hídrico, o que aumenta a probabilidade e a propagação rápida de incêndios florestais, devido à vegetação seca. Além disso, a redução das chuvas diminuiu o lençol freático, provocando problemas no abastecimento de água, que já está sendo feito por meio de caminhões-pipa em Rio Branco e outras cidades do estado, devido à escassez hídrica”, informa o coordenador estadual da Defesa Civil.
Segundo o capitão Freitas Filho, comandante Operacional do Interior do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), a estiagem deste ano está crítica: “Estamos enfrentando uma estiagem crítica em 2024, especialmente no Alto Acre, com níveis de água baixos em rios importantes como o Rio Acre e seus afluentes. Estamos preocupados e em contato com gestores para mitigar os impactos, reforçando nossas equipes para combater incêndios florestais e prestar assistência à população”.
A previsão de continuidade da seca extrema traz preocupações adicionais para a população e o meio ambiente. A Defesa Civil e outras autoridades estão monitorando a situação de perto e buscando soluções para mitigar os efeitos da crise hídrica.
Fonte: Agência de Notícias do Acre
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