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“Não tínhamos que trazer as vísceras do partido para Aleac”, diz Eduardo Ribeiro sobre destituição de Bregense da liderança do PSD

O deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD) foi o entrevistado do Bar do Vaz nesta terça-feira, 25. A polêmica em torno da destituição do deputado Pablo Bregense da liderança do partido na Assembleia Legislativa (Aleac) pelo senador Sérgio Petecão, liderança maior da sigla no Acre, na semana retrasada, foi o ponto de partida da conversa com o jornalista Roberto Vaz.


Para entender o caso, um vídeo de Bregense declarando apoio à reeleição do senador Márcio Bittar nas eleições de 2026 vazou nas redes sociais gerando um desgaste dentro do PSD. Chegando o fato à cúpula nacional do partido, o presidente da sigla, Gilberto Kassab, pediu punição ao parlamentar, o que se concretizou por meio da destituição da liderança na Aleac.


Ribeiro, que já havia manifestado publicamente sua surpresa e indignação com o ocorrido, disse que a destituição de Pablo, mesmo com esse tendo feito pedido público de desculpas, e a sua não indicação [de Riveiro] foi de grande prejuízo, que ficou sem liderança no parlamento acreano.


“Um partido da dinâmica e do tamanho do PSD não poderia ficar sem líder. O Pablo fez um vídeo com um pedido de desculpas pelo acontecido, colocando até, pelo primeiro mandato dele, uma questão de inexperiência, falou uma coisa que desagradou o senador, mas pediu suas desculpas. Foi ao plenário fez pedido de desculpas público e reafirmou o apoio ao senador Petecão para uma das duas vagas para o senado”, pontuou Eduardo Ribeiro.


O deputado afirma ainda que o que lhe desagradou foi o fato de a carta do partido destituindo Pablo Bregense ter chegado cerca de duas horas depois de o deputado ter se retratado a respeito do acontecido. Ele também disse que o assunto deveria ter sido discutido internamente, antes de a discussão ser levada à opinião pública.


“Nós não tínhamos porque ter uma discussão, trazer as vísceras do partido para dentro da Assembleia sendo que era uma coisa que a gente deveria ter conversado dentro do partido, não se justifica isso, porque é da dialética mesmo, vai ter momento em que você vai concordar e momentos em que você vai discordar, mas essas coisas se discutem internamente”, destacou.


A respeito da cobrança que se manifestou com a punição a Pablo Bregense, o deputado foi questionado pelo jornalista Roberto Vaz se o PSD determina uma linha de atuação a ser seguida pelos deputados e outros mandatários do partido, Ribeiro foi enfático em negar. “Não há orientação nesse sentido”, disse o parlamentar.


Entre outros assuntos do cotidiano da política e da administração acreanas, incluindo a atuação parlamentar, Ribeiro respondeu uma pergunta sobre as dificuldades em ser deputado no Acre. Para ele, um dos maiores desafios é convencer o eleitor de que não se pode tudo. “Tem muita coisa que a gente não consegue resolver”, admitiu.


Por fim, sobre o seu posicionamento como deputado da base de Gladson Cameli, diante do cenário eleitoral em que o PSD vai de Marcos Alexandre e o partido do governo vai de Bocalom, Eduardo Ribeiro afirmou que tem respeito por ambos os pré-candidatos, mas cravou que ‘tem Marcos Alexandre como o candidato do partido e Bocalom pelo respeito’.


“Estou meio a aguardar como as coisas vão ficar, mas, a princípio, o partido está com Marcos Alexandre, eu tenho o maior respeito, tem muitas pessoas que estão comigo e estão com Marcos Alexandre para prefeito, como tem pessoas que estão com Bocalom e eu não tenho como tirar esses votos do Bocalom”, afirmou. Instigado a ser mais claro, completou: “Estou, assim, numa sinuca de bico”.


Assista a entrevista:


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